sábado, 24 de setembro de 2011

Governo não pretende negociar meia-entrada de estudantes na Copa

Cabe à Fifa determinar os preços e as vendas dos ingressos para a Copa do Mundo; Governo Federal já anunciou que fará valer meia-entrada para idosos.

A Lei Geral da Copa, encaminhada ao Congresso Nacional para votação, despertou dois pontos polêmicos. Um diz respeito à possibilidade dos entes federativos declararem feriado nos dias de jogos do mundial - para contornar os problemas da mobilidade urbana; o outro tangencia um direito garantido por lei: a meia-entrada.

De acordo com o artigo 32 do projeto de lei, os preços dos ingressos serão determinados pela Fifa, e não há qualquer menção à questão da meia entrada, assegurada em lei federal para pessoas acima de 60 anos, e em estaduais para estudantes.

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, já garantiu que, por se tratar de lei federal, o dispositivo que assegura a meia-entrada dos idosos será cumprido. Os estados deverão negociar com a Fifa.

O secretário Extraordinário para Assuntos da Copa, Demétrio Torres, lembrou que essa parte "não tem nada a ver com as cidades. A Fifa é quem tem os direitos comerciais dos jogos".

Indagado se o governo pretende, contudo, negociar a meia-entrada para estudantes, ele disse que "a questão não é negociar. Isso faz parte do pacote de encargos que o País assinou com a Fifa", disse Demétrio.

Pelo menos um estado da federação, Pernambuco, já sinalizou que pretende fazer valer o direito à meia-entrada do estudante, conquistada em 1940 pela União Nacional Estudantil.

A discussão do assunto com os governos estaduais pode gerar um desgaste a mais com Fifa. A entidade normalmente destina a maioria dos seus ingressos aos parceiros comerciais, separando uma quantidade inferior às vendas avulsas.

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