Um diagnóstico do Governo Rosalba Ciarlini
Por Emery Costa (jornal O Mossoroense)
Numa entrevista do jornal Tribuna do Norte de domingo passado, o jornalista e cientista político Gaudêncio Torquato deu o seu diagnóstico do governo Rosalba Ciarlini. E disse nas entrelinhas que aquilo de que o governo se ressente não é falta de secretários competentes nem inexistência de recursos financeiros.
Todo o xis da questão, segundo Gaudêncio, reside numa coisa chamada modelo de gestão. E historia que todo governante dedica o primeiro ano a tapar os buracos, o segundo a começar a crescer, no terceiro dar continuidade a isso e no quarto alcançar o ápice de sua administração.
Rosalba já passou mais de um ano no posto e não parece que tenha agido assim. Torquato ainda vê com esperança que ela possa se recuperar. Mas, segundo o seu diagnóstico, a nossa conterrânea enfrenta nesse árduo cargo uma coisa chamada modelo de gestão.
O mando efetivo do governo, ainda segundo Gaudêncio, estaria muito centralizado.
Falou quem entende do riscado.
Nota do Blog do Carlos Santos – Meu querido Emery, o que nosso conterrâneo Gaudêncio Torquato (natural de Luís Gomes) aponta é algo muito visível. Mas suas palavras tem um peso diferenciado, em face do seu conceito nacional e conhecimento de causa.
Professor, consultor político, com trânsito livre pelas entranhas do poder, de Brasília a São Paulo, Gaudêncio é uma voz que nos ajuda sobremodo, que faz eco de fora para dentro.
Há tempos que tenho repetido, como modesto repórter provinciano, que o problema do Governo Rosalba “é de método e mentalidade”. Exatamente o que fala o grande Gaudêncio.
Há tempos tenho repetido: “O Rio Grande do Norte não é Mossoró e o Estado não é a Prefeitura de Mossoró”.
Há tempos que aponto o centralismo como um câncer, um atraso em termos de gestão pública ou privada.
Como também assinalo, há tempos, que “há tempo e meios” à mudança.
Porém, é óbvio, que o tempo está passando velozmente, sem que o governo faça acontecer.
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