quarta-feira, 1 de junho de 2011

Médicos suspendem greve após negociação com secretário Domício Arruda

À unanimidade dos 21 médicos presentes à assembléia geral realizada na noite desta terça-feira, 21, a categoria decidiu pela suspensão do indicativo de greve programado para amanhã. Eles aceitaram a proposta do governo de incorporar a gratificação a partir de 30 de junho, sem repercussão financeira imediata no cálculo das demais parcelas da remuneração dos médicos.

Aldair DantasApós reunião com Secretário estadual de Saúde Pública, médicos cancelam greveApós reunião com Secretário estadual de Saúde Pública, médicos cancelam greve
O secretário estadual de Saúde Pública, Domício Arruda, apresentou, pessoalmente na assembléia, um documento assinado pelo chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, em que o governo se compromete a pagar os salários dos médicos, com a tal repercussão financeira da incorporação das gratificações, a partir de setembro e em três parcelas mensais.

Domício Arruda admitia na assembléia realizada no Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN), que apesar da determinação do governo em negociar em separado com nenhuma categoria em greve, que os médicos receberam “um tratamento diferenciado” do governo.

Arruda explicou à categoria que a incorporação representa um impacto mensal de R$ 1,7 milhão na folha salarial da saúde, que gira em torno de R$ 50 milhões, quando o orçamento da Sesap é de R$ 68 milhões. Portanto, dizia ele, sobram apenas R$ 18 milhões para custeio.

Durante a assembléia, ficou acertado que os outros itens da pauta entregue ao governo, deverão ser discutidos de forma gradual, segundo o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira Filho.

Uma das propostas é de haver um reajuste salarial, com ganho real de 6,86%, que foi o mesmo percentual do salário mínimo de 2011. O secretário disse que essa proposta não estava na conta do governo, que não vai discuti-la, da mesma forma que não vai conceder, este ano, reajuste salarial a outras categorias do funcionalismo público, porque na mesa das negociações estão apenas a questão da implementação dos planos de carreira.

Os médicos também querem a criação de uma gratificação de urgentista no valor de R$ 3 mil, a fim de equiparar a remuneração dos médicos aos profissionais que atuam no município de Natal e ainda a criação da carreira de médico urgentista, da carga horária máxima de de 40 horas semanais de oito plantões de 12 horas ou quatro plantões de 24 horas, entre outras reivindicações.

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