sábado, 6 de julho de 2013

PT pede mudanças no ministério de Dilma


 

FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ABR:

O principal foco de insatisfação é a articulação política com o Congresso, a cargo das ministras Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann, que participaram da reunião com a bancada petista e ouviram as críticas caladas; de acordo com o líder na Câmara, José Guimarães (PT/CE), a "viola desafinou"; houve críticas ainda à condução da economia e também à comunicação, mas Dilma defendeu as duas áreas de seu governo

247 - O PT quer mudanças no governo da presidente Dilma Rousseff. E o quanto antes, melhor.

Ontem, numa reunião de duas horas, no Palácio do Planalto, com a bancada no Congresso, os parlamentares fizeram duras críticas à atual administração. E o ponto mais criticado foi a articulação política, a cargo das ministras Ideli Salvatti, de Relações Institucionais, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, que participaram do encontro e ouviram caladas às reclamações.

Fora do Palácio do Planalto, quem verbalizou a insatisfação foi o líder na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), que afirmou que a "viola desafinou".

No entanto, sobraram críticas também para outras áreas, como a condução da economia e a comunicação. No tocante à economia, a presidente Dilma afirmou que a inflação, que está em 6,7% no acumulado em 12 meses, não saiu do controle e fechará o ano dentro da meta. Ela afirmou ainda que os fundamentos da política econômica estão preservados.

No tocante à comunicação, os petistas também pediram o aprofundamento de uma política de democratização da mídia – tema que não encontra ressonância no Planalto. E a presidente Dilma também fez questão de evitar críticas à ministra Helena Chagas, ao dizer que "nós", usando a primeira pessoa do plural, para falar de falhas na comunicação dos resultados dos ministérios.

Os deputados que mais verbalizaram críticas foram Ricardo Berzoini (PT-SP) e André Vargas (PT-PR). No encontro, a presidente usou também uma frase para interpretar as manifestações de rua. "O povo quanto mais tem mais quer", disse ela.

Como resposta aos protestos, ela voltou a defender o plebiscito e pediu engajamento de sua base política no Congresso. Dilma usou as palavras "unidade e coesão" e não fez qualquer sinalização sobre mudanças no ministério.

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