Senado aprova recondução de Janot à Procuradoria-Geral da República
Com 59 votos favoráveis, 12 contrários e uma abstenção, o Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (26), a recondução de Rodrigo Janot Monteiro de Barros ao cargo de procurador-geral da República.
A
indicação da Presidência da República contou com parecer favorável do senador
Ricardo Ferraço (PMDB-ES) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ). Na CCJ, Janot teve 26 votos favoráveis e um contrário.
Os 27
votos contabilizados na CCJ foram de membros titulares da comissão. Por isso,
não foi computado o voto de suplentes, como é o caso do senador Fernando Collor
(PTB-AL), que já havia anunciado que votaria contra a indicação de Janot.
Durante
mais de dez horas de sabatina na CCJ, Rodrigo Janot defendeu a parceria do MP
com os três Poderes e respondeu a vários questionamentos dos senadores, em
especial sobre a Operação Lava-Jato, a atuação do MPF na investigação das
pedaladas fiscais do governo federal, o caso Swissleaks, entre outros assuntos.
O
senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) ressaltou que essa foi a segunda maior
sabatina da história do Senado. Ele observou que ocorreram trinta
interpelações, o que demonstra que a CCJ cumpriu a sua prerrogativa como exige
o texto constitucional.
O
procurador-geral da República foi o mais votado na eleição realizada entre os
integrantes do Ministério Público da União, que oferece uma lista tríplice ao
presidente da República.
Além de
chefiar o órgão, que abrange os Ministérios Públicos Federal, do Trabalho,
Militar e do Distrito Federal e Territórios, o procurador-geral também preside
o Conselho Nacional do Ministério Público e deve ser ouvido em todos os
processos de competência do Supremo Tribunal Federal. O mandato para o ocupante
do cargo é de dois anos, mas a Constituição permite reconduções ilimitadas do
titular.
Sabatina
- Durante a sabatina, Janot falou sobre diversos temas levantados pelos
senadores que integram a CCJ. Logo no início, o procurador negou
"veementemente" a acusação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), de que ele teria feito um acordo com o Palácio do Planalto para
poupar investigados na Operação Lava Jato. Na sabatina, Janot classificou a
acusação de "factoide" e disse que, para fechar tal acerto, teria de
"combinar com os russos".
Janot também negou acusações feitas pelo senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL) contra ele. Denunciado por Janot em um dos processos da Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, Collor questionou um suposto aluguel feito pela PGR durante a administração de Janot, de uma mansão, em Brasília, por R$ 67 mil mensais que não tinha o devido alvará. Collor também o acusou de ter contratado sem licitação uma empresa de comunicação.
Janot também negou acusações feitas pelo senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL) contra ele. Denunciado por Janot em um dos processos da Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, Collor questionou um suposto aluguel feito pela PGR durante a administração de Janot, de uma mansão, em Brasília, por R$ 67 mil mensais que não tinha o devido alvará. Collor também o acusou de ter contratado sem licitação uma empresa de comunicação.
*Agência Brasil
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