Rocas se mobiliza para não perder o estádio João Câmara
Júnior SantosSérgio Cabral e Carlos Cruz, representantes do centro desportivo, lutam para manter o estádio
O atual presidente do Centro Desportivo das Rocas (CDBR), Sérgio Henrique Cabral de Oliveira, nega que a entidade esteja auferindo lucro com a locação do espaço e não entende por que a Superintendente do Patrimônio da União queira marchar em direção contrária a do próprio Ministério do Esporte, que prioriza os trabalhos desenvolvidos em comunidades carentes, no sentido de afastar a juventude do perigo das drogas.
"Nós atendemos diariamente cerca de 600 jovens por dia abrindo espaço para as escolinhas de de futebol da comunidade. Sem cobrar nada. Trabalhamos também com outras entidades que usam o espaço mediante ao pagamento de uma taxa para manutenção da própria estrutura existente, uma vez que a prefeitura só se responsabiliza pelo pagamento das contas de água e luz. Não vivemos de taxas de aluguel e todo trabalho realizado pelo pessoal da comunidade no estádio, é voluntário", ressaltou Sérgio Cabral.
Sem tempo a perder devido ao avançar das negociações da delegacia da União principalmente com a Câmara de Vereadores de Natal, a população já está se mobilizando para protestar contra um campo que serve a comunidade há cerca de 70 anos. "Nós não temos outro espaço no bairro para construir um estádio novo. Vamos deixar de prestar diversos serviços à nossa comunidade e iremos correr o risco de ver os índices de violência explodirem de novo no bairro das Rocas. Essa decisão está sendo tomada de forma unilateral, sem qualquer tipo de consulta prévia a comunidade", frisou Carlos Cruz, secretário do CDBR.
Segundo o vereador Ubaldo Fernandes, o presidente da Câmara Municipal Albert Dickson, disse que essa semana deve sair a decisão da União sobre o futuro do espaço onde se encontra o estádio Senador Dinarte Mariz.
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