Governo do Estado regulamenta política de gestão de Recursos Hídricos do RN
A governadora
Rosalba Ciarlini sancionou no início da tarde desta sexta-feira (4), três
Projetos de Lei direcionados à política e ao sistema de gestão de Recursos
Hídricos do Rio Grande do Norte, projetos que foram aprovados por unanimidade
pelos 22 parlamentares do RN. “O estado como o
nosso, que tem dificuldades de recursos hídricos, precisa que seus reservatórios
sejam bem cuidados e bem gerenciados”, falou a Governadora.
Para o secretário
de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), Gilberto Jales, esse é
um momento histórico para o Estado do Rio Grande do Norte. “A governadora
Rosalba Ciarlini escreve definitivamente o seu nome na história da gestão dos
recursos hídricos desse estado”, disse.
A primeira sanção
se refere à alteração da Lei Estadual 6.908, de 1996, que dispõe sobre a
Política de Recursos Hídricos e institui o Sistema Integrado de Gestão de
Recursos Hídricos – SIGERH. A readequação da Lei 6.908 inclui em sua redação o
Instituto de Gestão de Águas - IGARN, como órgão executivo desse Sistema. Outras
modificações serão no sentido de adequar a Lei Estadual à Lei Federal 9.433, de
1997, que criou a Política Nacional dos Recursos Hídricos.
A regulamentação e
estruturação do IGARN foi um dos compromissos assumidos pelo governo do RN junto
ao Ministério da Integração Nacional, para habilitar o estado a exercer a gestão
das águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco. O IGARN será o órgão
responsável pela gestão das águas da transposição, tendo também a função da
operadora estadual.
Outra sanção se
refere à Lei Complementar 483, que dispõe sobre o Instituto de Gestão das Águas
do Estado do Rio Grande do Norte - IGARN. A iniciativa do Governo do RN
instituirá, de fato, o IGARN que até então ainda não era regulamentado. A
legislação sancionada atribui ao órgão a responsabilidade pela gestão técnica e
operacional dos Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte.
Já a sanção da
alteração da Lei Complementar Estadual 163, que dispõe sobre Órgãos e Entes do
Poder Executivo do Estado, vai redefinir as competências da Secretaria de Estado
do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos - SEMARH.
A Governadora
explicou que era necessário que o IGARN passasse a existir de fato “porque foi
criado, mas não tinha sido regulamentado. A forma de gerenciamento não estava
detalhada e o RN, dos estados que fazem parte da integração da Bacia do São
Francisco, era o único que ainda não tinha feito a Lei”. Rosalba Ciarlini
comemorou o fato de regularizara situação. “Agora temos condições de cuidar bem
dos nossos recursos hídricos para que possamos deixar para nossos descendentes a
certeza de que o Rio Grande do Norte vai ter água de qualidade, bem gerenciada e
em condições de atender a todos”, concluiu.
O secretário
Gilberto Jales explicou que o RN, do ponto de vista institucional, estava
bastante atrasado com essas questões. “O estado havia pactuado dentro do
contexto da integração da bacia do São Francisco e de programas com o Banco
Mundial essa institucionalização. Foi preciso mexer na Lei da política estadual
de recurso hídricos; na adequação da própria SEMARH, como órgão superior da
gestão; e criar definitivamente, de fato e de direito, o Instituto de Gestão de
Água do RN – IGARN, que foi criado em 2002, mas nunca tinha sido regulamentado”,
disse, acrescentando que o órgão tinha sido criado equivocadamente
por uma lei ordinária quando a Constituição Estadual diz que deve ser por Lei
Complementar.
A estruturação do
Sistema de Gestão de Recursos Hídricos do Estado foi um dos condicionantes
apontados pelo Banco Mundial para aprovar o financiamento de uma segunda etapa
do Programa de Desenvolvimento Sustentável e Convivência com o Semiárido
Potiguar - PSP.
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