A Última Eleição Sob a Tutela da Globo
Carta Maior: A última eleição “como refém da Globo”
Capas de jornais da véspera do primeiro turno das eleições presidenciais de 2006
da Carta Maior
pautado pelo Francisco Niterói
A sólida dianteira de Haddad em SP, reafirmada pelo Ibope e o Datafolha deste sabado, deixa ao conservadorismo pouca margem para reverter uma vitória histórica do PT e – talvez – a derradeira derrota na biografia política de José Serra.
Ainda assim há riscos.
E não são pequenos.
Há alguma coisa de profundamente errado com a liberdade de expressão num país em que, a cada escrutínio eleitoral, a maior preocupação de uma parte da opinião pública e dos partidos, nos estertores de uma campanha como agora, não seja propriamente com o embate de idéias, mas com a ‘emboscada da véspera”.
Não se argui se ela virá; apenas como e quando a maior emissora de televisão agirá na tentativa de raptar o discernimento soberano da população, sobrepondo-lhe suas preferências, seus candidatos e seus interditos.
Tornou-se uma aflita tradição nacional acompanhar a contagem regressiva dessa fatalidade que desgraçadamente instalou-se no calendário eleitoral para corroe-lo por dentro.
Após 10 anos no governo, as forças progressistas não tem mais o direito de contemporizar com uma doença maligna que pode invalidar a democracia e desfibrar a sociedade.
Que a votação deste domingo seja a última tendo as urnas como refém da Globo,seus anexos e aliados.
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