Caern identifica desvios de água causando desabastecimento de cidades
Magnus NascimentoA adutora Monsenhor Expedito, segundo a Caern, sofre com desvios de água nos municípios de São Pedro e Ielmo Marinho
Além do crime de furto de água, são danificados equipamentos necessários à operação das adutoras que se chamam descargas e ventosas. A construção de adutoras tem o objetivo específico de atender cidades que dependem de mananciais intermitentes. No período da estiagem, elas são fundamentais para levar água potável a regiões que estariam sem condições de atendimento com o esvaziamento dos seus reservatórios.
Porém, muitos proprietários rurais danificam os equipamentos destes sistemas de abastecimento para retirar água potável para atividades como irrigação ou para encher reservatórios privados. A água da adutora recebe tratamento, um processo que exige investimento e atende legislação federal, para atender ao abastecimento humano. Ao usar água tratada para outros fins, os responsáveis pelas ligações clandestinas nas adutoras fazem o uso indevido do produto distribuído.
Ao subtrair um produto destinado a milhares de pessoas com um objetivo particular, os responsáveis por ligações clandestinas estão impedindo essas pessoas de receber água potável em razão da existência de "gatos" nas adutoras. A Caern, responsável pela manutenção e distribuição de água das adutoras no RN, encontra corriqueiramente ligações clandestinas em suas fiscalizações em áreas rurais. Por este motivo, as últimas cidades atendidas pelo sistema sofrem com o desabastecimento.
No caso do trecho da adutora Monsenhor Expedito, a cidade de Ielmo Marinho, normalmente é penalizada em função das irregularidades encontradas no sistema de abastecimento. Em outubro e novembro do ano passado, as partes altas de Ielmo Marinho não puderam ser abastecidas em razão da escassez de água da adutora provocados pelos desvios. O trabalho de fiscalização conta com o apoio do Ministério Público do Estado. A Caern destaca que é importante que a população contribua denunciando quem está fazendo uso indevido da água das adutoras, comparecendo aos escritórios da Caern nas cidades. O número do telefone do escritório que atende cada consumidor consta na conta de água.
Motos
A Caern adquiriu, em dezembro, 32 motos que estão sendo utilizadas para a fiscalização de adutoras. As novas motos contribuem ainda para a companhia melhorar a manutenção dos sistemas de produção e distribuição de água. A empresa está providenciando os trâmites para realização de outras licitações para aquisição de equipamentos que garantem o bom funcionamento das adutoras, identificando vazamentos e coibindo desvios.
Com informações da ACS/Caern
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