Rosalba Ciarlini define ações para resolver problemas do sistema carcerário
Em
reunião realizada com representantes do Poder Judiciário, do Ministério
Público e das secretarias de Justiça e Cidadania (Sejuc), Segurança
Pública e Defesa Social (Sesed) e Infraestrutura (SIN), a governadora
Rosalba Ciarlini discutiu e definiu ações que deverão ser adotadas para
resolver os problemas relacionados ao sistema carcerário estadual. A
reunião foi realizada na tarde desta quinta-feira (21), na Governadoria.
Na
ocasião, a governadora determinou a criação de um grupo de trabalho
formado por representantes das secretarias envolvidas, do Judiciário e
do MP que terá como objetivo analisar as possíveis soluções para
desafogar o sistema. “Formamos um grupo de trabalho para que possamos
encontrar a forma mais rápida de criar condições para resolver estas
dificuldades. Temos projetos
a médio e longo prazo que estão sendo encaminhados com o Ministério da
Justiça como, por exemplo, a construção de novos presídios. Tudo que
queremos é solucionar o mais rápido possível para dar condições mais
dignas aos presos”, afirmou a governadora.
Para
aumentar a oferta de vagas nas unidades prisionais, a chefe do
Executivo Estadual determinou que alguns prédios sejam avaliados pela
Secretaria de Estado da Infraestrutura a fim de que possam ser adaptados
para receber um Centro de Triagem. “Temos alguns locais em vista e a
intenção é que eles sejam adaptados para criarmos mais espaços”, pontou
Rosalba, acrescentando que a SIN deverá fazer um levantamento das
unidades prisionais que necessitam passar por reformas estruturais.
A
governadora lembrou também que, conforme anunciado no último dia 11 na
presença do ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, o Rio Grande do Norte
irá receber cinco novos presídios. “Com o compromisso do Governo Federal
temos cinco presídios encaminhados, sendo três a exemplo do já
existente em Nova Cruz, um exclusivo para jovens e outro para mulheres.
Esperamos que com a inserção do Rio Grande do Norte no programa Brasil
Seguro, estes recursos cheguem ao Estado para iniciarmos as construções.
Temos feito um esforço grande e 460 vagas foram criadas, mas
infelizmente isso ainda não foi suficiente. Precisamos avançar mais e,
para isso, precisamos do apoio federal e desta união de forças com o
Judiciário e com o Ministério Público. Assim, tenho a certeza de que
sairemos desta difícil situação que se acumula há anos”, explicou a
governadora.
O
secretário de Estado da Justiça e Cidadania, Júlio César Queiroz,
expressou, em números, as dificuldades enfrentadas pelo sistema
carcerário brasileiro. Segundo ele, no Brasil existem 550 mil presos
para 300 mil vagas, enquanto que no Rio Grande do Norte, a capacidade
das unidades prisionais é para abrigar 4,1 mil presos, mas este número
atualmente é de 6,2 mil, o que totaliza um déficit de 2,1 mil vagas.
“Nesta
reunião ficou definido que as visitas a estes possíveis prédios que
serão adaptados já sejam iniciadas amanhã com a participação da SIN, que
vai nos dar base sobre prazos e adaptações. Também estão sendo
estudadas melhorias nas estruturas epara isso, será feito um
levantamento das reformas necessárias há mais de 15 anos”, disse o
secretário.
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