Lula já luta contra Campos e racha do PT em Recife
As intensas movimentações do virtual candidato à Presidência da República pelo PSB em 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o racha interno pelo qual passa o Partido dos Trabalhadores em Pernambuco acenderam a luz de alerta no interior da legenda; para tentar reunificar o partido que encontra-se rachado desde o último pleito municipal e brecar as pretensões do PSB, o PT resolveu incluir o Recife no roteiro das caravanas que o ex-presidente Lula tem feito pelo País; uma missão que pelo visto não será das mais fáceis
Paulo Emílio_PE247- As intensas movimentações do
virtual candidato à Presidência da República pelo PSB em 2014, o
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o racha interno pelo qual
passa o Partido dos Trabalhadores em Pernambuco acenderam a luz de
alerta petista. Para frear os planos do até agora aliado PSB, o PT
resolveu incluir o Recife (PE) no roteiro das caravanas que o
ex-presidente Lula tem feito pelo País com o pretexto de comemorar os
dez anos da sigla à frente do Executivo Federal. A missão de Lula não
será das mais fáceis.
Ao mesmo tempo em que Campos se movimenta junto a empresários e angaria apoio de políticos da oposição e até da base aliada que estão insatisfeitos com o tratamento dispensado pelo PT, além de tentar cooptar o apoio de novas siglas como o Mobilização Democrática (MD) e o Rede, que está sendo criado pela ex-senadora Marina Silva, Lula terá que lutar para unificar o partido que encontra-se rachado desde as últimas eleições.
A sugestão de incluir a ida de Lula à capital pernambucana foi feita pelo senador Humberto Costa e prontamente aceita pelo presidente da sigla, Rui Falcão. O evento ainda não tem data definida porque o PT tenta conciliar a agenda de Lula com a da presidente Dilma Rousseff (PT).
Inicialmente, o roteiro das caravanas feitas pelo ex-presidente previa que apenas as cidades de Salvador (BA) e Fortaleza (CE) fossem contempladas com a sua visita, visando fortalecer a legenda onde ela estaria enfraquecida ou foi derrotada no último pleito.
E o PT em Pernambuco encontra-se enquadrado nas duas situações. A legenda encontra-se rachada desde as prévias partidárias do ano passado, em junho, quando o então prefeito do Recife que tentava a reeleição, João da Costa (PT), e o deputado federal Maurício Rands, este último apoiado por Humberto Costa, Eduardo Campos e João Paulo, também ex-prefeito e principal desafeto político de João da Costa, se engalfinharam para ver quem seria o candidato do partido à Prefeitura do Recife.
Com intensas trocas de farpas e até ataques pessoais entre os apoiadores de Rands e João da Costa, a Executiva Nacional do PT tentou por fim a querela cancelando as prévias mediante a alegação de denúncias que favoreciam João da Costa e impondo um nome de consenso.
O escolhido foi o senador Humberto Costa e o deputado João Paulo ficou como vice na chapa petista.
A intervenção provocou um racha no partido e João da Costa, que tem no parlamentar e ex-prefeito o seu maior desafeto político, foi acusado de não apoiar a chapa imposta pela cúpula partidária e de fazer campanha de forma velada para o adversário Geraldo Julio (PSB).
A candidatura de Geraldo Julio foi lançada no momento em que o racha interno do PT ficava cada vez mais evidente, o que incluiu a saída de Maurício Rands dos quadros do partido. Por conta disso, começaram as acusações de que o PSB e Eduardo Campos teriam traído a aliança histórica entre as duas siglas.
A animosidade entre as diversas lideranças foi evidenciada mais uma vez no começo de março, em um evento de comemoração aos 33 anos da legenda. Petistas ligados a João da Costa não foram citados no cerimonial, o que levou integrantes do partido a entoar o coro de "Hipocrisia! Cadê a democracia!". O atual secretário da Habitação do Recife, Eduardo Granja, chegou até mesmo a chamar de "frouxo" o presidente estadual do PT, deputado federal Pedro Eugênio.
E se a situação interna do PT pernambucano não é fácil, as movimentações do PSB também são foco de preocupações. O potencial candidato pela legenda socialista, Eduardo Campos, não tem poupado críticas, em especial à condução da política econômica da presidente Dilma. Movimentando-se à vontade por todo o País, Eduardo vem ganhando musculatura para tentar disputar as eleições presidenciais, o que tem feito com que o partido já passe a encará-lo como um adversário capaz de levar as eleições para um segundo turno em função da pulverização dos votos entre os candidatos de oposição.
O recente apoio dado por ele à criação de novos partidos também foi entendido pelo PT como uma sinalização mais que evidente das intenções do pessebista, assim como o discurso utilizado nas peças publicitárias da legenda, onde Campos aparece como destaque e afirma que “é possível fazer mais”.
Neste ponto, integrantes do PT avaliam que perderam tempo em brecar as intenções do governador ainda no nascedouro ao esperar que ele viesse a desistir da corrida rumo ao Planalto.
É com esta missão, de reencontrar a união interna do partido dos Trabalhadores em uma quase refundação da legenda e tentar frear as intenções de Campos em sua própria casa que Lula deverá voltar ao Recife. Se conseguir sairá consagrado mais uma vez como um hábil articulador político.
Caso ocorra o contrário, o futuro do PT em Pernambuco não será dos mais fáceis.
Ao mesmo tempo em que Campos se movimenta junto a empresários e angaria apoio de políticos da oposição e até da base aliada que estão insatisfeitos com o tratamento dispensado pelo PT, além de tentar cooptar o apoio de novas siglas como o Mobilização Democrática (MD) e o Rede, que está sendo criado pela ex-senadora Marina Silva, Lula terá que lutar para unificar o partido que encontra-se rachado desde as últimas eleições.
A sugestão de incluir a ida de Lula à capital pernambucana foi feita pelo senador Humberto Costa e prontamente aceita pelo presidente da sigla, Rui Falcão. O evento ainda não tem data definida porque o PT tenta conciliar a agenda de Lula com a da presidente Dilma Rousseff (PT).
Inicialmente, o roteiro das caravanas feitas pelo ex-presidente previa que apenas as cidades de Salvador (BA) e Fortaleza (CE) fossem contempladas com a sua visita, visando fortalecer a legenda onde ela estaria enfraquecida ou foi derrotada no último pleito.
E o PT em Pernambuco encontra-se enquadrado nas duas situações. A legenda encontra-se rachada desde as prévias partidárias do ano passado, em junho, quando o então prefeito do Recife que tentava a reeleição, João da Costa (PT), e o deputado federal Maurício Rands, este último apoiado por Humberto Costa, Eduardo Campos e João Paulo, também ex-prefeito e principal desafeto político de João da Costa, se engalfinharam para ver quem seria o candidato do partido à Prefeitura do Recife.
Com intensas trocas de farpas e até ataques pessoais entre os apoiadores de Rands e João da Costa, a Executiva Nacional do PT tentou por fim a querela cancelando as prévias mediante a alegação de denúncias que favoreciam João da Costa e impondo um nome de consenso.
O escolhido foi o senador Humberto Costa e o deputado João Paulo ficou como vice na chapa petista.
A intervenção provocou um racha no partido e João da Costa, que tem no parlamentar e ex-prefeito o seu maior desafeto político, foi acusado de não apoiar a chapa imposta pela cúpula partidária e de fazer campanha de forma velada para o adversário Geraldo Julio (PSB).
A candidatura de Geraldo Julio foi lançada no momento em que o racha interno do PT ficava cada vez mais evidente, o que incluiu a saída de Maurício Rands dos quadros do partido. Por conta disso, começaram as acusações de que o PSB e Eduardo Campos teriam traído a aliança histórica entre as duas siglas.
A animosidade entre as diversas lideranças foi evidenciada mais uma vez no começo de março, em um evento de comemoração aos 33 anos da legenda. Petistas ligados a João da Costa não foram citados no cerimonial, o que levou integrantes do partido a entoar o coro de "Hipocrisia! Cadê a democracia!". O atual secretário da Habitação do Recife, Eduardo Granja, chegou até mesmo a chamar de "frouxo" o presidente estadual do PT, deputado federal Pedro Eugênio.
E se a situação interna do PT pernambucano não é fácil, as movimentações do PSB também são foco de preocupações. O potencial candidato pela legenda socialista, Eduardo Campos, não tem poupado críticas, em especial à condução da política econômica da presidente Dilma. Movimentando-se à vontade por todo o País, Eduardo vem ganhando musculatura para tentar disputar as eleições presidenciais, o que tem feito com que o partido já passe a encará-lo como um adversário capaz de levar as eleições para um segundo turno em função da pulverização dos votos entre os candidatos de oposição.
O recente apoio dado por ele à criação de novos partidos também foi entendido pelo PT como uma sinalização mais que evidente das intenções do pessebista, assim como o discurso utilizado nas peças publicitárias da legenda, onde Campos aparece como destaque e afirma que “é possível fazer mais”.
Neste ponto, integrantes do PT avaliam que perderam tempo em brecar as intenções do governador ainda no nascedouro ao esperar que ele viesse a desistir da corrida rumo ao Planalto.
É com esta missão, de reencontrar a união interna do partido dos Trabalhadores em uma quase refundação da legenda e tentar frear as intenções de Campos em sua própria casa que Lula deverá voltar ao Recife. Se conseguir sairá consagrado mais uma vez como um hábil articulador político.
Caso ocorra o contrário, o futuro do PT em Pernambuco não será dos mais fáceis.
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