Tribunal de Justiça inocenta irmão de Wilma do "Foliaduto".
Ex-secretário-chefe
do Gabinete Civil do Governo do Estado (na gestão da irmã dele, Wilma
de Faria), o médico Carlos Faria foi absolvido do processo que apura
desvios de recursos públicos por meio de um esquema que ficou
popularmente conhecido como Foliaduto.
A decisão que
determinou isso foi proferida pelo Tribunal de Justiça na semana
passada, mas somente agora foi divulgada pelas partes. Para o relator do
processo, desembargador Dilermando Mota, não houve ato ou fato ímprobo
que possa ser atribuído a ele.
"Não houve ato ou fato ímprobo, já que não há prova de que os
despachos proferidos pelo apelante Carlos Alberto de Faria estavam
contaminados de improbidade, pois, pelo que solta dos autos, foram
lançados de forma normal e sem aparente vinculação com atos delituosos. E
mesmo que se cogitasse de eiva de ilegalidade na prática desses
despachos – o que não é o entendimento deste Relator – ainda assim essa
suposta ilegalidade não teria o condão de torná-los em condutas
ímprobas, a merecer as sanções da Lei 8.429", analisou o relator, dando provimento ao recurso movido pelo advogado Erick Pereira, que defende o ex-secretário-chefe.
Segundo Carlos Faria, a sentença é um alívio para ele e sua família.
"Na realidade, foi feita justiça e isso é um alívio para mim, minha
família e meus amigos, que sempre acreditaram na minha inocência. Sou um
médico cardiologista e fui vítima de notícias me colocando como um
criminoso", afirmou ele, acrescentando que sempre teve sua vida "pautada
pela ética e pela honestidade".
Segundo Carlos Faria, durante esse período em que foi réu no processo
do "Foliaduto", os momentos mais difíceis eram os eleitorais. "Foram
quatro campanhas políticas onde usavam meu nome para dizer que era um
criminoso, explorando minha imagem, colocando minha foto. Para quem é
honesto como eu, ver uma relação dessa é muito triste", afirmou.
Do Portal No Ar
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