Lula: "a palavra impossível é apenas para os fracos"
Legenda celebra, em grande estilo, seu primeiro decênio no poder; Lula,
que mandou recados para a imprensa, exaltou os feitos dos seus dois
governos e dos dois primeiros anos de Dilma; "nosso programa foi
cumprido à risca"; ele afirmou ainda que aceita a comparação com o PSDB,
"inclusive no debate da corrupção"; por fim, mandou um recado a Aécio
Neves, que citou "13 fracassos do PT": "a resposta será a reeleição da
Dilma em 2014"
247 - Aos gritos de
"ole, ole, olá, Lula, Lula", o ex-presidente Lula foi saudado antes de
falar na festa de dez anos do PT. O ex-presidente começou saudando a
presidente Dilma Rousseff e a "presidente de sua casa", Marisa Letícia.
"É um dia de muita importância para a história de nosso partido, para a
história dos partidos populares e para a história do nosso país",
afirmou. "Em dez anos, a gente pode dar sinais extraordinários de que a
palavra impossível é apenas para os fracos, é apenas aqueles que não têm
perseverança".
Antes de preparar o discurso, o ex-presidente disse que solicitou à assessora Clara Ant, que atua no Instituto Lula, que verificasse as metas traçadas na campanha de 2002. "Nosso programa foi cumprido à risca", afirmou. "E vamos dar um salto de qualidade nos próximos anos".
No início de seu mandato, Lula disse que chegou a temer o fracasso. "Eu não podia errar, porque eles [seus adversários] são implacáveis; eles não gostam de governos populares e de esquerda", afirmou. "Mas eu tinha a convicção de que era possível fazer o pobre ter uma ascensão social neste país". Ele lembrou ainda as dificuldades para implantar o Bolsa-Família. "Diziam que o pobre ia virar vagabundo; diziam que era preciso ter uma porta de saída, quando o pobre não tinha nem porta de entrada na sociedade".
Lula também falou sobre a imprensa. "Quando eu critico a imprensa, eles dizem: Lula ataca a imprensa. Quando eles me atacam, dizem: fizemos uma crítica". Ele lembrou que, em 2006, houve reuniões feitas pelos barões da mídia, que previram que não seria candidato, por estar destruído politicamente. "E naquele tempo nem havia Millenium ainda", disse o ex-presidente, referindo-se ao Instituto Millenium, que reúne grandes meios de comunicação e seus colunistas.
Lula também provocou o PSDB. "Não temos medo da comparação. Aceitamos a comparação. Inclusive no debate sobre a corrupção", afirmou. "Tem duas formas de lidar com a sujeira: uma é mostrar; outra é esconder". Sobre a oposição, Lula foi incisivo. "Eles estão inquietos, porque estão sem valores, sem propostas, sem projeto", afirmou. Ele falou ainda sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG). "Um dos nossos possíveis adversários citou 13 erros do PT, mas a resposta a eles é a reeleição da Dilma em 2014".
Um dos primeiros a falar foi o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Ele contou que, em 1989, quando soube que Lula havia passado para o segundo turno, fez as malas e retornou de uma viagem ao exterior, onde estudava, para votar no segundo turno.
Num vídeo, o PT tomou de empréstimo uma frase eternizada por Abraham Lincoln: "Do povo, pelo povo, para o povo".
José Dirceu e José Genoino, condenados na Ação Penal 470, estavão no evento, mas não na mesa principal, onde se sentam o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff, vestida de vermelho, e o presidente do PT, Rui Falcão.
Em sua fala, Rui Falcão celebrou o apoio da militância do PT. "Sem ela, nada disso teria sido possível", afirmou. "Nunca antes na história deste país, houve uma tão extraordinária distribuição de renda", afirmou. Ele também defendeu a reforma política e uma democratização dos meios de comunicação. "Não é mais possível ficarmos à mercê do financiamento privado, fonte de tantos escândalos", disse. Sobre a imprensa, um recado direto. "É preciso alargar a liberdade e a expressão nos meios de comunicação".
Antes de preparar o discurso, o ex-presidente disse que solicitou à assessora Clara Ant, que atua no Instituto Lula, que verificasse as metas traçadas na campanha de 2002. "Nosso programa foi cumprido à risca", afirmou. "E vamos dar um salto de qualidade nos próximos anos".
No início de seu mandato, Lula disse que chegou a temer o fracasso. "Eu não podia errar, porque eles [seus adversários] são implacáveis; eles não gostam de governos populares e de esquerda", afirmou. "Mas eu tinha a convicção de que era possível fazer o pobre ter uma ascensão social neste país". Ele lembrou ainda as dificuldades para implantar o Bolsa-Família. "Diziam que o pobre ia virar vagabundo; diziam que era preciso ter uma porta de saída, quando o pobre não tinha nem porta de entrada na sociedade".
Lula também falou sobre a imprensa. "Quando eu critico a imprensa, eles dizem: Lula ataca a imprensa. Quando eles me atacam, dizem: fizemos uma crítica". Ele lembrou que, em 2006, houve reuniões feitas pelos barões da mídia, que previram que não seria candidato, por estar destruído politicamente. "E naquele tempo nem havia Millenium ainda", disse o ex-presidente, referindo-se ao Instituto Millenium, que reúne grandes meios de comunicação e seus colunistas.
Lula também provocou o PSDB. "Não temos medo da comparação. Aceitamos a comparação. Inclusive no debate sobre a corrupção", afirmou. "Tem duas formas de lidar com a sujeira: uma é mostrar; outra é esconder". Sobre a oposição, Lula foi incisivo. "Eles estão inquietos, porque estão sem valores, sem propostas, sem projeto", afirmou. Ele falou ainda sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG). "Um dos nossos possíveis adversários citou 13 erros do PT, mas a resposta a eles é a reeleição da Dilma em 2014".
Um dos primeiros a falar foi o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Ele contou que, em 1989, quando soube que Lula havia passado para o segundo turno, fez as malas e retornou de uma viagem ao exterior, onde estudava, para votar no segundo turno.
"Mas cheguei a pensar: será que um dia
vou votar em alguém que possa ganhar uma eleição?" Segundo ele, uma
vitória de Lula, num país marcado pelo patrimonialismo, nunca pareceu
provável.
Mas aconteceu e, segundo Haddad, o
Brasil viveu a maior transformação econômica e social de sua história.
"Pela primeira vez, o povo passou a ter vez e a ter voz". O prefeito de
São Paulo também afirmou jamais imaginar que um governo, como o da
presidente Dilma, enfrentaria o sistema financeiro.
Assista ao vivo.
Segundo o presidente da Fundação Perseu
Abramo, Marcio Pochmann, o ciclo iniciado em 2003 será comparado à
década de 1930, como um período de grande inflexão histórica. "Pela
primeira vez, o Brasil conciliou crescimento e inclusão social, numa
democracia", afirmou.
José Dirceu e José Genoino, condenados na Ação Penal 470, estavão no evento, mas não na mesa principal, onde se sentam o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff, vestida de vermelho, e o presidente do PT, Rui Falcão.
Em sua fala, Rui Falcão celebrou o apoio da militância do PT. "Sem ela, nada disso teria sido possível", afirmou. "Nunca antes na história deste país, houve uma tão extraordinária distribuição de renda", afirmou. Ele também defendeu a reforma política e uma democratização dos meios de comunicação. "Não é mais possível ficarmos à mercê do financiamento privado, fonte de tantos escândalos", disse. Sobre a imprensa, um recado direto. "É preciso alargar a liberdade e a expressão nos meios de comunicação".
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