quinta-feira, 21 de março de 2013

STF considera irregular plano de saúde de 250 mil servidores federais

Corte manteve decisão do TCU, que indicou necessidade de licitações.


Segurados terão convênio médico garantido até fim do contrato.



Mariana Oliveira Do G1, em Brasília


O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou irregulares convênios firmados pela Fundação de Seguridade Social (Geap) com diversos órgãos públicos para a prestação de serviços de assistência à saúde de servidores federais. A decisão foi finalizada nesta quarta-feira (20), por maioria (oito votos a três).
Segundo estimativa do processo, os convênios considerados ilegais se referem ao atendimento por meio de plano de saúde de 250 mil funcionários públicos e familiares.

O tribunal manteve decisão proferida em 2004 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que considerou irregulares convênios firmados sem licitação entre a Geap e órgãos que não tenham representantes em sua administração. A fundação foi criada pelos ministérios da Saúde e da Previdência Social, considerando ainda Dataprev e INSS.

Fica mantida decisão do TCU de que os contratos considerados irregulares serão mantidos até seu término para não prejudicar os servidores, mas que eles não poderão ser renovados, a não ser que haja licitação para que outros planos de saúde participem da concorrência.

Atualmente, a fundação  atende a 90 órgãos públicos e tem cerca de 700 mil associados.

A decisão do STF foi tomada na análise de nove mandados de segurança protocolados por 18 entidades que questionavam acórdão do TCU.

Os ministros entenderam que, por oferecer a prestação de saúde a preços abaixo do mercado, a entidade coloca servidores para administrar os planos e seguros de saúde. Na avaliação deles, como não há representantes de todos os órgãos públicos na administração da Geap, o contrato com esses órgãos sem licitação fica comprometido.

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