RN já registrou quase 3 mil casos de dengue neste ano
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou,
nesta sexta-feira, dia 26, os dados da situação da dengue no Rio Grande do
Norte em 2014. As informações se referem ao período de 1º de janeiro a 6 de
setembro.
O Mapa de Vulnerabilidade para ocorrência de epidemia de
dengue no Estado em 2014 aponta 47 municípios com incidência alta da doença e
36 com incidência média. Até o dia 6 de setembro foram confirmados 2.818 casos
da doença, com 16 óbitos confirmados como decorrência da dengue grave.
Entre os municípios com maior número de casos notificados
estão Natal, Caicó, Parelhas, Parnamirim e Mossoró. No ano de 2013 foram
confirmados 26 óbitos por dengue, um aumento de 30% em relação ao ano de 2012.
“É muito importante que os municípios notifiquem e
investiguem os casos suspeitos de dengue”, alerta Silvia Dinara Pereira,
responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue. Ela lembra
que o número de óbitos causados pela doença vem aumentando e estudos apontam
que o protocolo de manejo clínico da dengue, recomendado pelo Ministério da
Saúde, não vem sendo seguido corretamente. “A doença começa com sintomas
simples, mas pode evoluir rapidamente para a forma mais grave”.
A ausência da investigação dos sinais de alarme (dor
abdominal intensa, vômito persistente e sangramentos importantes), a hidratação
inadequada (que deve ser feita desde o primeiro atendimento) e a liberação dos
pacientes sem atender aos critérios de alta médica recomendados pelo Ministério
da Saúde são indícios apontados, pelo próprio Ministério, como fatores para o
aumento das taxas de óbitos por dengue.
A Sesap atua na assessoria, capacitação, supervisão técnica e
distribuição de larvicida para todos os municípios do Estado. A prevenção deve
ser constante, seguindo os já conhecidos cuidados básicos: não jogar lixo em
terrenos baldios, evitar recipientes que acumulem água e limpar periodicamente
as caixas d’água, deixando-as tampadas.
Aos primeiros sinais de febre e dores no corpo, é necessário
procurar a unidade de saúde mais próxima e informar ao médico todos os sintomas
e, principalmente, evitar a automedicação para não mascarar os primeiros sinais
da doença.
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