Após 41 horas, menino é libertado de cárcere privado em Natal
Cárcere privado teve início à 0h30 da sexta-feira (13).
Padrasto cortou pulsos e deu um tiro no queixo; ele foi socorrido com vida.
Policiais
militares e civis, bombeiros e uma unidade do Samu foram enviados ao
local; menino foi libertado com vida (Foto: Sérgio Henrique/Inter TV
Cabugi)
De acordo com a PM, Francisco combinou com os policiais que por volta das 17h30 iria se entregar e libertar o enteado. Os policiais se posicionaram na porta do apartamento e antes que a porta se abrisse ouviram um tiro vindo de dentro do local. "Quando os policias entraram viram o padrasto caído no chão. O menino foi resgatado e o aposentado socorrido. Ele cortou os pulsos e deu um tiro no queixo", afirmou o major Rodrigues Barreto, que comandou a operação.
Ele considerou o desfecho do cárcere privado bem sucedido. "Consideramos o desfecho bem sucedido porque, apesar de ter uma pessoa ferida, não tivemos nenhuma morte", disse o major.
O caso
De acordo com a Polícia Militar, tudo começou com uma briga familiar na noite de quinta-feira (11). Francisco de Assis começou uma discussão com a mulher - de quem está se separando - e, quando começou a ficar agressivo, a mulher fugiu com a filha de 21 anos. Ainda segundo informações da PM, a mulher tentou levar o filho, mas o padrasto do menino impediu. Desde então, o menino foi mantido refém dentro do apartamento.
Francisco Guimarães manteve enteado refém em
Natal (Foto: Divulgação/PM)
Natal (Foto: Divulgação/PM)
O condomínio onde fica o apartamento tem seis blocos. Todos os apartamentos do bloco onde estavam o padrasto e o enteado foram desocupados.
Já durante a madrugada deste sábado (14), o homem pediu insulina - porque é diabético - e uma equipe médica de plantão no local providenciou o medicamento. Na manhã deste sábado, ele voltou a pedir insulina e solicitou também um café da manhã.
Em relação à alimentação, os policiais relataram que o aposentado afirmou que se a comida viesse envenenada quem morreria era o garoto porque ele só estava comendo quarenta minutos depois de o enteado ter se alimentado.
De acordo com o major Rodrigues Barreto, responsável por coordenar as negociações, a polícia sinalizou cortar a energia e a água do apartamento, mas o aposentado se alterou e a PM recuou. Durante todo o tempo o objetivo da polícia foi manter as negociações até que o padrasto se entregasse e libertasse o garoto.
Na manhã deste sábado (14) negociações continuavam no local (Foto: Bessie Cavalcanti/Inter TV Cabugi)
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