Segunda dose da vacina contra o HPV está disponível para meninas em todo país
Meninas
de 9 a 11 anos que tomaram a primeira dose da vacina contra o Papiloma Vírus
Humano (HPV) devem retornar aos postos de saúde ou salas de vacinação para
tomar a segunda dose. O HPV é um dos causadores do câncer de colo de útero. A
imunização está disponível em todos os postos de atendimento do Sistema Único
de Saúde (SUS) e, além disso, o Ministério da Saúde recomenda aos estados e
municípios que façam parcerias com escolas públicas e privadas para realizar
campanhas de vacinação no ambiente escolar.
O
Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, falou
hoje (25), em entrevista, sobre a importância de dar continuidade ao tratamento
– com as segunda e terceira doses – e da parceria com as escolas, que concentra
o público-alvo. "A nossa mobilização é para fugir do setor saúde e
deixarmos o envolvimento com o setor educação. Não se trata de uma campanha,
agora se trata de uma rotina. Independente daquelas que tomaram a primeira
dose, todas devem vir tomar a vacina”, disse o secretário.
Até
agosto, 2,5 milhões de meninas entre 9 e 11 anos foram vacinadas contra HPV, o
que representa 50,4% do público-alvo (4,9 milhões). No ano passado, quando a
vacina foi disponibilizada no SUS, 100% do público estimado foi vacinado com a
primeira dose, alcançando 5 milhões de meninas de 11 a 13 anos. Entretanto,
apenas 3 milhões (60%) procuraram uma unidade de saúde para tomar a segunda
dose, sendo que a meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público–alvo.
Para
Nardi, é fundamental que os pais se conscientizem da importância da imunização,
que assegura nível de proteção acima de 90%, para meninas que não iniciaram a
vida sexual. “Nós adquirimos 11 milhões de doses de vacinas neste ano para que
todas as meninas que já tomaram a primeira dose [tomem a segunda] e as que não
tomaram, possam vir para as salas de atendimento iniciar o tratamento”,
completou.
A
imunização gratuita contra o HPV é feita em três doses. Após a primeira, a
menina recebe a segunda dose seis meses depois, e a terceira, de reforço, cinco
anos após a primeira. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer
(Inca), o Brasil terá em média 15 mil casos de câncer do colo do útero por ano
e 5 mil podem vir a óbito por diagnóstico tardio.
O
secretário lembrou que o HPV e o câncer de mama também podem atingir os homens,
que devem ficar atentos para um diagnóstico precoce. “É necessário que os
homens se conscientizem de que eles também podem morrer de câncer de mama e
HPV. Quando [as doenças] chegam neles já estão quase que em estado irreversível
de cura. É necessário o uso de camisinha e da realização do exame de
próstata", disse.
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