Justiça toma decisão para salvar acervo de jornal
A juíza Andréa Régia Leite Holanda Macedo Heronildes, da 1ª Vara da
Fazenda Pública de Natal, atendeu ao pedido feito pelo Ministério
Público Estadual em que veda aos Diários Associados Press S/A a
realização de qualquer ato de alienação, transferência, deslocamento,
modificação ou destruição de qualquer dos itens integrantes do acervo
do extinto jornal “O Diário de Natal”.
A proibição surtirá efeito pelo prazo de 90 dias, que é o prazo
necessário para a conclusão de um procedimento de inventário. Para o
caso de descumprimento da medida, a juíza estipulou a aplicação de uma
multa diária de R$ 3 mil.
O acervo encontra-se atualmente abrigado no prédio situado na Avenida
Bacharel Tomaz Landim, nº 1.042, Jardim Lola, São Gonçalo do
Amarante/RN.
A magistrada determinou a intimação do Presidente da Fundação José
Augusto, para no prazo de 40 dias, enviar aquele juízo, um inventário
dos itens integrantes do acervo da empresa elaborado por técnicos
daquela Fundação. Ela determinou ainda o envio de cópia da decisão e do
pedido inicial ao IPHAN, a Procuradoria Geral do Estado e a
Procuradoria Geral do Município.
Na Ação Civil Pública, o Ministério Público afirmou que em virtude de
representação formulada pelo Instituto Histórico e Geográfico do Estado
do Rio Grande do Norte, chegou ao seu conhecimento, a situação de
gradual dilapidação do arquivo de fotografias, vídeos e publicações do
extinto jornal O Diário de Natal.
De acordo como MP, tal situação foi gerada pela falta de espaço
adequado para o material, e com isso, todo o acervo estaria na
iminência de ser desconstituído, com provável venda para alguma
instituição particular, inclusive de outro Estado, colocando em risco
um importante acervo histórico-cultural do Rio Grande do Norte.
Nota do Blog do Carlos Santos – Medida
acertadíssima da Justiça, que toma decisão após provocada pelo
vigilante MP. O acervo do Diário de Natal tem uma importância
incomensurável para o jornalismo, cultura e a história do Rio Grande do
Norte.
Pobre do povo que não tem memória nem luta para preservá-la.
Nos anos 90, por pouco o poder municipal mossoroense não joga no lixo
todo o acervo do jornal “O Mossoroense”, ignorando mais de 100 anos de
história.
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