Larissa Rosado contesta decisão sobre cassação do seu registro eleitoral
A deputada, que é acusada de abuso de poder econômico, recorreu da decisão tomada em primeira instância.
A deputada Larissa Rosado (PSB) fez um pronunciamento emocionado em resposta à sentença dada pelo juiz Herval
Sampaio Júnior, titular da 33ª Zona Eleitoral que a condenou à perda de
seu registro eleitoral por 8 anos. Ele julgou procedente a acusação de
“abuso de poder econômico”, que teria ocorrido durante o pleito de 2012,
quando Larissa e Josivan Barbosa foram candidatos a prefeito e vice de
Mossoró. A parlamentar lamentou a decisão, mostrou-se
decepcionada, mas afirmou que acredita na Justiça, tendo em vista que
recorreu da decisão junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TER/RN).
Durante seu pronunciamento,
Larissa fez acusações à atual gestora de Mossoró, Cláudia Regina,
afirmando que em sua campanha, ela utilizou a máquina política e
econômica do Governo do Estado. “Enfrentei duas máquinas
poderosas para alcançar uma vitória a todo custo. O custo ético, moral,
legal e econômico. Nunca se viu em Mossoró o uso escancarado e
desavergonhado do dinheiro público. Minha candidatura foi bombardeada.
Digo isso mais decepcionada do que triste. O juiz da 33ª Zona Eleitoral
decidiu sobre a perda do meu registro eleitoral por 8 anos. Quanta
ironia. Nossa candidatura não teve recursos e teve que lutar contra
uma emissora de TV, três jornais e pelo menos quatro rádios da cidade. E
eu fui condenada sob o argumento de abusar dos meio de comunicação”,
declarou.
A deputada Márcia Maia (PSB) aparteou a colega e disse que ficou
surpresa com a decisão. “É preciso fazer uma avaliação isenta do que
aconteceu em Mossoró. Participei de sua campanha e a conheço bem, pela
sua atuação aqui na Assembleia. O que aconteceu em Mossoró foi o
inverso, pois o abuso de poder econômico está do outro lado. Vimos
destacada, na imprensa local, a influência extremamente forte do poder
político e econômico da governadora Rosalba Ciarlini. Ela deixava o que
tinha para fazer e viajava para Mossoró, usando o avião do Governo que é
abastecido com o dinheiro público”, declarou.
O presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Ricardo Motta (PMN)
externou sua solidariedade e exaltou o trabalho feito pela deputada
Larissa Rosado. “Nós que convivemos dia a dia somos testemunhas do
trabalho que vossa excelência tem feito. Durante a campanha fez sua
prestação de contas, aliás, nada é mais legítimo que isso. Só temos o
direito de pedir voto quando mostramos trabalho e serviços prestados.
Não quero contestar a decisão do magistrado, mas digo que vossa
excelência sempre esteve e estará no caminho certo”, declarou.
O deputado Kelps Lima (PR) demonstrou preocupação com informações
divulgadas antes do processo ser julgado. Para ele, esse tipo de atitude
macula a imagem das pessoas. “Tem que ser divulgada a decisão final e
quem pode dar essa decisão é o juiz. Muita gente se antecipa e cria
problemas familiares e profissionais. A deputada Larissa continua
elegível. Essas decisões devem ser divulgadas com extremo cuidado e, na
dúvida, não publiquem. As pessoas não entendem o processo judicial como
um todo e com isso fazem com que reputações sejam destruídas, por essa
precipitação em condenar as pessoas”, declarou.
Para o deputado Tomba Farias (PSB), a decisão do juiz foi equivocada. “Sabemos
como foi a eleição em Mossoró. Sabemos que foi usada a máquina do
Governo do Estado e nas pesquisas eleitorais, a deputada Larissa Rosado
sempre aparecia na frente”, afirmou. Os deputados Vivaldo Costa (PR),
Hermano Morais (PMDB), George Soares (PR) e Nelter Queiroz (PMDB) também
deram declarações em favor da deputada Larissa.
A deputada Larissa Rosado concluiu seu pronunciamento afirmando que o
Ministério Público Eleitoral deu um parecer contrário à sua condenação.
“O povo de Mossoró é testemunha da minha lisura. Reafirmo a minha
confiança na justiça dos homens, mas antes de tudo na justiça do povo e
de Deus”, concluiu.
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