segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cabeça à prêmio?, por Gaudêncio Torquato

 




Premiar policiais que tenham o melhor desempenho na tarefa de reduzir a criminalidade é medida eficiente? Ou, desdobrando a questão, a implantação da meritocracia na esfera policial é estratégia adequada para se alcançar a ansiada meta de redução de crimes nas grandes cidades?

A princípio, a resposta é positiva, na medida em que a cultura meritocrática – como conceito que visa valorizar e recompensar os perfis e conjuntos que atingem resultados graças aos seus valores, competências e qualidades – é vista com simpatia em todos os espaços do trabalho, ganhando força na administração pública e não apenas na esfera dos negócios privados, onde o mérito pessoal adquire maior importância.

O governo de São Paulo, impelido pela onda crescente de violência que se espraia no território que abriga o maior contingente populacional do país, anuncia a decisão de instituir um bônus-prêmio aos policiais civis, militares e técnico-científicos que obtiverem diminuição nos índices dos crimes contra a vida e o patrimônio, como homicídios, latrocínios e roubos.

A capital registrou, no primeiro trimestre, um aumento de 18% no número de homicídios dolosos (com intenção de matar) em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto, pelo oitavo mês consecutivo, os números da violência aumentaram em comparação com os meses do ano passado.

Apesar da aparente aprovação, conquistada por um conceito que valoriza o mérito pessoal, não há como deixar de examinar outros posicionamentos que poderão gerar ruídos na implantação da sistemática e contribuir, até, para uma reversão de expectativas.






Leia a íntegra em Cabeça à prêmio?

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