“Quero reafirmar que o Congresso Nacional não pode ficar surdo. Tem que ouvir as vozes das ruas, que gritam por melhorias e avanços”, declara Fátima
A
deputada federal Fátima Bezerra (PT-RN) saudou nesta terça-feira,
18/06, no plenário da Câmara, as manifestações sociais protagonizadas
pela juventude brasileira, que protestam contra o aumento das tarifas do
transporte coletivo e em defesa do direito à cidade em diversas regiões
do Brasil.
Fátima
repudiou a forte repressão policial e violação de direitos humanos,
ocorrida na semana passada em São Paulo, e elogiou o discurso da
presidenta Dilma Rousseff que proferiu: “o Brasil hoje acordou mais
forte, e a grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da
nossa democracia”.
“Não
poderia deixar de manifestar minha solidariedade à juventude que ousa
lutar e reivindicar por mais avanços, bem como de repudiar a ação
truculenta de setores da polícia militar que ainda não conseguiu
transitar da cultura da ditadura para a cultura do Estado democrático de
direito. Em Natal, os manifestantes também já enfrentaram as
consequências da concepção de segurança pública vigente.
O
que tinha por objetivo desmobilizar os manifestantes terminou
desencadeando mais indignação, fortalecendo o movimento denominado
"Revolta do Busão", defensor de uma pauta de reivindicações que
incorpora desde a revogação do aumento da tarifa ao passe livre para
estudantes e desempregados”, declarou.
Fátima
também criticou o papel do Congresso Nacional diante das transformações
sociais em curso no país. “Eu quero, mais uma vez, reafirmar que o
Congresso Nacional não pode ficar surdo. Tem que ouvir as vozes das
ruas, que gritam por avanços.
É
inaceitável que a agenda da reforma politica, da democratização dos
meios de comunicação, do PNE com 10% do PIB e 100% dos royalties para
educação, dos direitos LGBT e da mulher, das comunidades quilombolas e
indígenas, entre outras, estejam mofando e não avancem no Parlamento”,
disse.
“Os
gestores precisam ampliar o debate no sentido de construir soluções
para o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras. Quem está na
rua aprendeu o que aprendemos quando decidimos construir o Partido dos
Trabalhadores: sem luta, não há transformação”, completou.
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