segunda-feira, 30 de abril de 2012

Secretários desmentem Governadora e afirmam o não cumprimento do acordo


Em reunião realizada no final da manhã da última sexta-feira, 27, os auxiliares da Governadora Rosalba Ciarlini desmentiram-na e afirmaram que o Governo do Estado não irá cumprir o acordo firmado com a ADUERN, em setembro do ano passado, que pós um fim à greve de 106 dias na UERN. No dia 17 de abril, a governadora afirmou em visita à Mossoró, que o acordo seria cumprido já que “quando eu firmo um acordo, eu cumpro”, disse ela na oportunidade e ainda complementou “Inclusive já é lei!” (veja aqui).

Tão logo foi iniciada a reunião, o secretário-chefe do Gabinete Civil, Anselmo Carvalho, que negociou com a categoria docente no ano passado, pediu desculpas e alegou que não poderia participar da reunião, pois teria outro compromisso. O fato gerou indignação nos presentes. “Foi uma falta de respeito o secretário que negociou conosco durante toda a greve do ano passado e que anda dizendo que não houve acordo, quando nós temos documentos assinados por ele, sair de uma reunião de negociação”, explica o professor Carlos Filgueira, diretor da ADUERN que participou da reunião.

Segundo o docente, na oportunidade, o secretário de Administração, Alber Nóbrega, e o Consultor Geral do Estado, José Marcelo Costa, somente utilizaram o mesmo discurso da “Terra Arrasada”, usado amplamente no ano passado. “Na época, o Governo do Estado havia assumido há pouco tempo, agora já faz mais de um ano e continuam com as mesmas desculpas”, afirma o professor.

Ao serem questionados sobre a palavra da Governadora e os documentos assinados pelo Governo do Estado, os secretários foram enfáticos. “Palavra e documentos não vogam, o que voga é o real”, alegando que o Governo está no limite prudencial e não pode conceder aumentos aos servidores. Com essa fala, os presentes perceberam a falta de sintonia entre a governadora e seus auxiliares. “Como a autoridade maior do estado afirma algo e seus subordinados a desmentem? Isso só indica a falta de rumo do Governo”, garante Carlos Filgueira.

Diante da situação, os professores da UERN irão se reunir em Assembleia nesta quarta-feira, 02, às 9h, na sede da entidade em Mossoró, para repassar os informes da negociação para a categoria, deliberação de greve por tempo indeterminado, instalação do comando de greve e encaminhamentos.

Tuitaço

Surge na web um movimento para denunciar a falta de compromisso do Governo do Estado com os acordos firmados com os servidores públicos, além do descaso com a UERN. O tuitaço com a hashtag (palavra-chave) #RosalbaVergonhaDoRN será promovido nesta terça-feira, 1º de maio, a partir das 10h. O objetivo é que o assunto se torne um dos mais comentados no país para ganhar repercussão nacional.


Convocação da assembleia



ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA



C O N V O C A Ç Ã O

O Presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – ADUERN/Seção Sindical do ANDES/SN, no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONVOCA todos os professores da UERN para Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará na Área de Lazer Prof. FRANCISCO MORAIS FILHO, no dia 02 de maio de 2012, quarta-feira, em primeira convocação, com 20% do número de sindicalizados, às 08:30 horas, em segunda convocação com 10% do número de sindicalizados, às 08:45 horas, ou, em terceira e última convocação, com qualquer quorum, às 09:00 horas, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

1) Informes sobre (des)cumprimento do acordo salarial;

2) Deliberação sobre deflagração de greve por tempo indeterminado;

3) Instalação do comando de greve;

4) Encaminhamentos.


Mossoró (RN), 27 de abril de 2012.

Prof. Flaubert Fernandes Torquato Lopes

Presidente

Planalto anuncia Brizola Neto como novo ministro do Trabalho

Deputado do PDT-RJ ficará no lugar do interino Paulo Roberto Pinto.

PDT cobrava nomeação desde a saída de Carlos Lupi, no fim de 2011.


Priscilla Mendes Do G1, em Brasília


Brizola Neto (PDT-RJ), anunciado como novo ministro do Trabalho (Foto: Agência Câmara)
Brizola Neto (PDT-RJ), anunciado como novo
ministro do Trabalho (Foto: Agência Câmara)
O Palácio do Planalto anunciou nesta segunda-feira (30) o deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) como o novo ministro do Trabalho. A nomeação era cobrada pelo PDT e pelas centrais sindicais e saiu na véspera do Dia do Trabalho, 1º de maio.
O anúncio foi feito pela ministra da Comunicação Social, Helena Chagas. A posse deve ocorrer nesta quinta-feira (2).

O nome, que era o preferido da presidente Dilma Rousseff para o cargo, foi definido após reunão de Dilma com o presidente do PDT, Carlos Lupi (PDT-RJ), que comandou a pasta por mais de quatro anos e deixou o cargo em dezembro do ano passado, após uma série de denúncias de corrupção na pasta. Desde então, o secretário-executivo da pasta Paulo Roberto Pinto estava interinamente no comando do ministério.

Em nota - veja no fim da reportagem -, a presidente Dilma "manifestou confiança" de que Brizola Neto "prestará grande contribuição ao país".

"A presidenta agradeceu a importante colaboração do ex-ministro Carlos Lupi, que esteve à frente do Ministério no primeiro ano de seu governo, e do ministro interino Paulo Roberto dos Santos Pinto na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos", diz a nota.
Brizola Neto será o ministro mais jovem da equipe da presidente Dilma. Ele tem apenas 33 anos e é neto do fundador do PDT e ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, que morreu em 2004.
Nesta segunda, o vice-presidente do PDT, deputado André Figueiredo (CE), afirmou que Brizola Neto não era o preferido da legenda. “É uma decisão pessoal da presidenta. Dentro do partido não é o que agrada mais”, afirmou. Também eram cotados Manoel Dias, secretário-geral do PDT e o deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), nome de preferência da bancada do PDT na Câmara.
Em março, em meio à crise do governo com a base aliada, Figueiredo chegou a criticar, em discurso no plenário da Câmara, a demora da presidente Dilma em indicar um nome apoiado pelo partido para o Ministério do Trabalho.
Saída de Lupi
Em dezembro do ano passado, Lupi encerrou no Trabalho uma trajetória que teve início em março de 2007, no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por indicação do PDT, permaneceu no cargo no começo do governo Dilma Rousseff, em 2011.
Ao deixar o cargo, Lupi diz que sofreu "perseguição política e pessoal da mídia".

As denúncias contra o ministro Lupi começaram no começo de novembro do ano passado, quando surgiu a informação de que haveria um esquema de cobrança de propina de ONGs contratadas para capacitar trabalhadores.

Em 12 de novembro, reportagem da revista "Veja" informou que ele teria utilizado um avião alugado por um empresário dono de ONG, que, por sua vez, tem contratos com o Ministério do Trabalho. Até hoje, ainda não foi esclarecido quem pagou pelo avião.

Além disso, surgiu denúncia de que Lupi teria trabalhado, durante cinco anos, na Câmara Municipal do Rio e, ao mesmo tempo, como funcionário-fantasma na Câmara. A Procuradoria-Geral da República diz que acúmulo de cargos públicos, em tese, é crime.

Como ministro do Trabalho, Lupi tinha por costume dar declarações polêmicas. Após as denúncias, disse que só sairia do cargo "abatido à bala", o que não foi bem recebido no Palácio do Planalto. No dia seguinte, se desculpou com a presidente Dilma Rousseff. "Presidente, desculpe se eu fui agressivo, não foi minha intenção, eu te amo", declarou na ocasião.

Veja nota sobre anúncio do novo ministro do Trabalho.

"Nota à Imprensa
A presidenta da República, Dilma Rousseff, convidou hoje o deputado Brizola Neto para assumir o Ministério do Trabalho e Emprego. A presidenta manifestou confiança de que Brizola Neto, ex-Secretário de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, ex-vereador e deputado federal pelo PDT, prestará grande contribuição ao país.

A presidenta agradeceu a importante colaboração do ex-ministro Carlos Lupi, que esteve à frente do Ministério no primeiro ano de seu governo, e do ministro interino Paulo Roberto dos Santos Pinto na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República"

Investimento de R$ 32,7 bilhões em transporte é 'histórico', diz Dilma

Governo federal investirá em novas alternativas para transporte público.

Metrô e VLTs tornarão as cidades brasileiras mais sustentáveis, disse.


Do G1, em São Paulo


A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta segunda-feira (30), durante seu programa de rádio "Café com a presidenta", que o investimento de R$ 32,7 bilhões do governo federal em transporte público é “histórico”.

“É uma primeira grande iniciativa para a gente enfrentar o problema da quantidade de horas que as pessoas permanecem dentro de um transporte”, afirma.

De acordo com a presidente, o governo federal vai entrar com mais de R$ 22 bilhões, e os estados e municípios vão complementar o investimento.

Dilma destacou que a implantação de novos metrôs e veículos leves sobre trilhos (VLTs) são uma opção para tornar as cidades brasileiras mais sustentáveis. “Nós damos uma contribuição maior ao meio ambiente neste momento, que é um momento especial, onde vai se dar a chamada Rio + 20”, assegurou.

Taxas de desemprego no mundo são alarmantes, diz OIT

Catarina Alencastro, O Globo

Relatório sobre o emprego no mundo, divulgado neste domingo pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), diz que é "alarmante" a situação global do trabalho e que não há sinais de recuperação em um futuro próximo.

O organismo prevê que uma nova fase, "ainda mais problemática", na crise global de empregos ainda está por vir. Uma das razões, segundo o estudo, é que os países ricos tomaram medidas para buscar austeridade fiscal a qualquer custo e fizeram drásticas reformas trabalhistas.

Como consequência, acabaram caindo na chamada "armadilha da austeridade" — uma espécie de círculo vicioso no qual um baixo crescimento gera o aumento da volatilidade, contração do crédito, redução de investimentos e perda de empregos.

"A excessiva importância que muitos países da zona do euro estão dando à austeridade fiscal está aprofundando a crise de emprego e poderá inclusive conduzir a outra recessão na Europa", diz Raymond Torres, diretor do Instituto Internacional de Estudos Laborais e autor do estudo.

DF: vice armava para derrubar Agnelo

Brasil 247

A crise política deflagrada pela Operação Monte Carlo pode ganhar contornos incontroláveis no Distrito Federal. Um dos trechos do inquérito vazado pelo 247 aponta que o vice-governador Tadeu Filipelli, do PMDB, conspirava para derrubar o governador Agnelo Queiroz (foto abaixo), do PT. O trecho aparece na página 202, do anexo 7.

Trata-se do resumo de uma conversa entre o espião Idalberto Matias, o Dadá, e o policial Marcelão, que é também dono de uma agência de publicidade no Distrito Federal, a Plá. Nela, ambos comentam que o jornalista Mino Pedrosa, ex-assessor de Carlos Cachoeira, teria um contrato de R$ 100 mil mensais, que seriam pagos por Filipelli.


Foto: Gustavo Miranda / O Globo



Ambos comentam ainda que outro jornalista, chamado Edson Sombra, seria também remunerado pelo vice-governador. Há ainda uma anotação sobre um apartamento que teria sido dado por Cachoeira a Mino Pedrosa em Brasília. Além disso, Mino teria uma cunhada empregada no gabinete de Demóstenes Torres (sem partido/GO).

Nos últimos meses, o governador Agnelo Queiroz recebeu ataques em série. Denúncias, que antes eram publicadas em blogs de jornalistas do DF, como Edson Sombra e Mino Pedrosa, depois eram amplificadas em veículos de grande circulação nacional, como Veja e Época.

Até agora, no entanto, o inquérito tem revelado que o esquema Delta-Cachoeira não conseguiu se infiltrar no governo do Distrito Federal da mesma maneira como dominava o estado de Goiás

Planalto anuncia Brizola Neto como novo ministro do Trabalho


Deputado do PDT-RJ ficará no lugar do interino Paulo Roberto Pinto.
PDT cobrava nomeação desde a saída de Carlos Lupi, no fim de 2011.

Priscilla Mendes  
Do G1, em Brasília

Brizola Neto (PDT-RJ), anunciado como novo ministro do Trabalho (Foto: Agência Câmara) 
Brizola Neto (PDT-RJ), anunciado como novo
ministro do Trabalho (Foto: Agência Câmara)

O Palácio do Planalto anunciou nesta segunda-feira (30) o deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) como o novo ministro do Trabalho. A nomeação era cobrada pelo PDT e pelas centrais sindicais e saiu na véspera do Dia do Trabalho, 1º de maio.

O anúncio foi feito pela ministra da Comunicação Social, Helena Chagas. A posse deve ocorrer nesta quinta-feira (2).

O nome, que era o preferido da presidente Dilma Rousseff para o cargo, foi definido após reunão de Dilma com o presidente do PDT, Carlos Lupi (PDT-RJ), que comandou a pasta por mais de quatro anos e deixou o cargo em dezembro do ano passado, após uma série de denúncias de corrupção na pasta. Desde então, o secretário-executivo da pasta Paulo Roberto Pinto estava interinamente no comando do ministério.

Em nota - veja no fim da reportagem -, a presidente Dilma "manifestou confiança" de que Brizola Neto "prestará grande contribuição ao país".

"A presidenta agradeceu a importante colaboração do ex-ministro Carlos Lupi, que esteve à frente do Ministério no primeiro ano de seu governo, e do ministro interino Paulo Roberto dos Santos Pinto na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos", diz a nota.

Brizola Neto será o ministro mais jovem da equipe da presidente Dilma. Ele tem apenas 33 anos e é neto do fundador do PDT e ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, que morreu em 2004.

Nesta segunda, o vice-presidente do PDT, deputado André Figueiredo (CE), afirmou que Brizola Neto não era o preferido da legenda. “É uma decisão pessoal da presidenta. Dentro do partido não é o que agrada mais”, afirmou. Também eram cotados Manoel Dias, secretário-geral do PDT e o deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), nome de preferência da bancada do PDT na Câmara.

Em março, em meio à crise do governo com a base aliada, Figueiredo chegou a criticar, em discurso no plenário da Câmara, a demora da presidente Dilma em indicar um nome apoiado pelo partido para o Ministério do Trabalho.

Saída de Lupi
Em dezembro do ano passado, Lupi encerrou no Trabalho uma trajetória que teve início em março de 2007, no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por indicação do PDT, permaneceu no cargo no começo do governo Dilma Rousseff, em 2011.

Ao deixar o cargo, Lupi diz que sofreu "perseguição política e pessoal da mídia".

As denúncias contra o ministro Lupi começaram no começo de novembro do ano passado, quando surgiu a informação de que haveria um esquema de cobrança de propina de ONGs contratadas para capacitar trabalhadores.

Em 12 de novembro, reportagem da revista "Veja" informou que ele teria utilizado um avião alugado por um empresário dono de ONG, que, por sua vez, tem contratos com o Ministério do Trabalho. Até hoje, ainda não foi esclarecido quem pagou pelo avião.

Além disso, surgiu denúncia de que Lupi teria trabalhado, durante cinco anos, na Câmara Municipal do Rio e, ao mesmo tempo, como funcionário-fantasma na Câmara. A Procuradoria-Geral da República diz que acúmulo de cargos públicos, em tese, é crime.

Como ministro do Trabalho, Lupi tinha por costume dar declarações polêmicas. Após as denúncias, disse que só sairia do cargo "abatido à bala", o que não foi bem recebido no Palácio do Planalto. No dia seguinte, se desculpou com a presidente Dilma Rousseff. "Presidente, desculpe se eu fui agressivo, não foi minha intenção, eu te amo", declarou na ocasião.

Veja nota sobre anúncio do novo ministro do Trabalho.

"Nota à Imprensa

A presidenta da República, Dilma Rousseff, convidou hoje o deputado Brizola Neto para assumir o Ministério do Trabalho e Emprego. A presidenta manifestou confiança de que Brizola Neto, ex-Secretário de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, ex-vereador e deputado federal pelo PDT, prestará grande contribuição ao país.

A presidenta agradeceu a importante colaboração do ex-ministro Carlos Lupi, que esteve à frente do Ministério no primeiro ano de seu governo, e do ministro interino Paulo Roberto dos Santos Pinto na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República"

Na Toca dos Leões – 2º round


Fernando Morais, editora e publicitário são condenados


O escritor Fernando Morais, o publicitário Gabriel Zellmeister e a Editora Planeta perderam mais uma disputa judicial com o deputado goiano Ronaldo Caiado. Na semana passada, o Tribunal de Justiça de Goiás manteve a decisão da 7ª Vara Cível de Goiânia que condenou o trio a indenizar Caiado em 1,2 milhão de reais.

Tudo por causa do trecho do livro Na Toca dos Leões em que Caiado aparece dizendo a Zellmeister que “poderia esterilizar as nordestinas por meio de uma substância química”.

Pedro de Alcântara deixa Jucern; Alcimar Torquato será o presidente

Alcântara, que tem 72 anos, se afasta por motivo pessoal. Conforme relata, quer desfrutar os dias de vida que lhe restam em Mossoró.

Por Dinarte Assunção


Reprodução
A presidência da Junta Comercial do Rio Grande do Norte (Jucern) deverá passar por mudança nos próximos dias. O atual titular da pasta da administração indireta, Pedro de Alcântara, formalizou à governadora Rosalba Ciarlini (DEM), na quarta-feira (25), o pedido de saída. O ex-conselheiro Alcimar Torquato, do Tribunal de Contas do Estado, será o novo presidente.

Alcântara, que tem 72 anos, se afasta por motivo pessoal. Conforme relata, quer desfrutar os dias de vida que lhe restam em Mossoró, de onde foi convocado para assumir a Junta. “Viagens de ida e vinda toda semana. Estava me incomodando já”, comentou.

Antes de assumir a Jucern, Pedro de Alcântara foi juiz classista na Justiça do Trabalho e ligado a funções de coordenação nas entidades de classe do comércio varejista de Mossoró.
Obra em acabamento final

 Praça Adelaide Abrantes em Dr Severiano, se prepara para receber o Auto-Oeste, para comemorar os 50 Anos.







Estudantes premiados em feira internacional chegam hoje a Natal

Os jovens cientistas de Umarizal que conquistaram o primeiro lugar geral na Feira Internacional de Empreendedorismo Produtivo, Ciências e Cultura do Equador chegam hoje a Natal. O desembarque no Aeroporto Augusto Severo está previsto para as 14h40.

A Secretaria de Estado da Educação organizou uma comitiva de Umarizal, com familiares, amigos e professores, para recepcionar os estudantes. Logo após o desembarque, eles seguem para o auditório da secretaria, no Centro Administrativo, onde serão recebidos pela secretária Betânia Ramalho.

Jonas, Marcondes e Flávia Kaliny cursam o 2º ano do Ensino Médio na Escola Estadual 11 de Agosto, de Umarizal. Orientados pelo professor José Everton Pinheiro, eles participaram recentemente da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da USP, em São Paulo, onde foram selecionados pela Rede do Programa de Olimpíadas de Conhecimento para o evento internacional.

No Equador, além dos concorrentes brasileiros, o projeto desenvolvido pelos estudantes potiguares, sobre energia eólica, ainda disputou com os trabalhos do país sede, Peru e Uruguai. Pela conquista, eles receberam troféu e U$ 1.500,00. A Secretaria de Estado da Educação arcou com todas as despesas da viagem.

Brinquedo novo



Ratinho: quatro milhões de dólares por jatinho

Ratinho resolveu trocar de jatinho. Vendeu o seu antigo King Air B200 por dois milhões de dólares para a dupla sertaneja Bruno e Marrone e, de quebra, comprou um novinho em folha da Embraer, avaliado pelo dobro do preço.

Panorama Esportivo


Campo ruim.

O Treze de Dezembro da cidade de Doutor Severiano jogando bem e com 100% de aproveitamento, bela campanha nessa primeira fase da Copa Primo Fernandes marcou oito gols, sofreu apenas três no ultimo sábado. Time foi a Água Nova jogando num campo muito duro, só empatou com o Ariense em um placar de zero a zero. Agora o Treze joga em casa no Cristovão diante o Abrão do sítio do mesmo nome.

Por: J. Rui

Câmara paga até Mc Donald’s para deputado



McDia feliz na Câmara

A Câmara permite que os deputados (que já ganham cerca de 26 700 reais) utilizem a verba indenizatória de gabinete para bancar refeições em restaurantes país afora. Sendo assim, alguns deputados aproveitam.

Veja João Carlos Bacelar, por exemplo. O único parlamentar pendurado no Conselho de Ética da Câmara no momento usou a verba da Câmara, no ano passado, para pagar doze lanches feitos em lugares como Mc Donald’s, Big Burguer e Subway. A conta ficou em 385 reais.

Prazo do IR termina nesta segunda; declaração incompleta evita multa

Avaliação é do diretor-executivo da Confirp, Richard Domingos.

Posteriormente, contribuinte poderá enviar uma declaração retificadora.


Do G1, em Brasília



Termina nesta segunda-feira (30), às 23h59, o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda 2012, ano-base 2011. A multa mínima por atraso é de R$ 165,74 e pode atingir até 20% do imposto devido.

Quem deixou para a última hora e ainda não entregou o documento tem a opção de remeter a declaração incompleta para evitar a multa, segundo especialistas, e retificar depois.

De acordo com o diretor-executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos, o envio da declaração incompleta é um alternativa para quem ainda não conseguiu reunir todos os documentos necessários. Posteriormente, entretanto, o contribuinte deve fazer uma declaração retificadora para evitar a chamada "malha fina".

"Diferente do que muitos pensam, a entrega desta forma não significa que a declaração irá automaticamente para a malha fina. Porém, depois da entrega, deverão fazer o material com muito mais cuidado, pois, as chances serão maiores", acrescentou ele.

O diretor da Confirp lembrou ainda que é uma obrigação das empresas repassarem as documentações necessárias para os trabalhadores. Se obter os documentos somente depois de enviar a declaração, a dica é fazer a correção na declaração retificadora.

"Localizados os documentos que faltaram na declaração o contribuinte pode fazer a retificação, onde os erros serão corrigidos. O prazo para retificar a declaração é de cinco anos, mas é importante que o contribuinte realize o processo rapidamente, para não correr o risco de ficar na malha fina", opinou o diretor-executivo da Confirp.

Cuidados com a retificadora
Segundo Richard Domingos, um dos cuidados que deve ser tomado é entregar a declaração retificadora no mesmo modelo (completo ou simplificado) utilizado para a declaração original se a correção for feita depois de 30 de abril. Mas, se a entrega for antes desta data ainda é possível alterar o modelo.

É fundamental, explicou ele, que o contribuinte possua o número do recibo de entrega da declaração anterior para fazer a retificadora. Segundo o diretor, o procedimento para a realização de uma declaração retificadora é o mesmo que para uma declaração comum, a diferença é que no campo "Identificação do Contribuinte", deve ser informado que a declaração é retificadora.

Fátima discute educação e cultura em Baía Formosa

A deputada federal Fátima Bezerra (PT) esteve no sábado (28), em Baía Formosa, para participar do 1° Encontro Estadual de Lideranças Estudantis e Culturais. Realizado pelo Centro Potiguar de Cultura e Associação Norte-rio-grandense de Estudantes, o encontro reuniu representações de Passa e Fica, Montanhas, Baía Formosa, Nova Cruz, Upanema e Arez.

O prefeito de Baía Formosa, Nivaldo Melo, ressaltou o trabalho da deputada Fátima pela educação.
"Fátima é um bom exemplo de líder. Uma líder da educação. Seu trabalho é digno de reconhecimento e aplauso", disse.

Em sua fala, Fátima destacou a importância dos projetos e programas do Governo Federal, como o Ponto de Cultura. “Nenhum país alcançou a cidadania plena sem ter focado na educação. A educação é a base para o desenvolvimento sustentável. O governo do PT tem olhado para a educação e cultura.
O Ponto de Cultura é um exemplo disso, pois destina R$ 180 mil (em 3 parcelas) para a realização de um projeto nessa área. O Brasil, depois de 500 anos de exclusão, caminha no passo certo”.

Pelo trabalho de destaque nacional focado na educação, Fátima recebeu diploma de honra ao mérito. “Fico imensamente grata pela homenagem. São gestos como esse que aumenta a minha vontade para fazer cada vez mais”, disse a deputada.


Durante a realização do encontro várias apresentações culturais foram realizadas, como o Balé de Cultura Governador Mário Covas, de Passa e Fica.


Presença dos membros do diretório do PT de Baía Formosa.


"A educação é a cultura são os passaportes mais seguros para a conquista da cidadania", finaliza Fátima.

Os prefeitáveis e seus problemas


O jornalista Carlos A. Barbosa, do Blog do Barbosa, analisa as dificuldades de três prefeitáveis na sucessão municipal: Carlos Eduardo, Rogério e Wilma.

Por Carlos A. Barbosa, Especial para o Nominuto


V. Alexandre/Nominuto
Carlos Eduardo: aborrecimento com prestação de contas.
Pelo menos três prefeitáveis à sucessão em Natal terão dores de cabeça pela frente. O ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), que se vê as turras com a Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Câmara, que analisa a prestação de contas de sua gestão referente a 2008, e que por isso pode torná-lo inelegível, o deputado tucano Rogério Marinho, que arrancou um cartaz sobre o livro “A Privataria Tucana” da porta do gabinete do deputado Protógenes Queiroz, e que por isso na quarta-feira (26), o ex-delegado requereu ao presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), abertura de procedimento disciplinar contra Marinho e Guerra (Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, que também participou do ocorrido), e a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) que se mantém calada diante das últimas notícias em relação a Operação Sinal Fechado – esquema de corrupção no Detran/RN ainda no seu governo – em que ela foi denunciada pelo MP.
FD/Nominuto
Rogério Marinho arrancou cartaz sobre a Privataria Tucana do gabinete de Protógenes Queiroz.

Os fatos citados podem não levar a nada, mas é certo dizer que estão preocupando os prefeitáveis à sucessão municipal na capital do Rio Grande do Norte. No mínimo um desgaste emocional, o que poderá ser refletido lá na frente ou não. Carlos, que se mantém na dianteira em todas as pesquisas de intenção de voto até agora realizadas, Wilma, que por sua vez figura em segundo lugar, e Rogério, também que permanece em terceiro lugar não devem está nada satisfeitos com o noticiário político-policial.

É cedo ainda pra falar sobre a repercussão dos assuntos citados na campanha eleitoral prestes a se iniciar, até porque as candidaturas não foram ainda oficializadas. Mas também é correto dizer que corre à boca pequena que caso se confirmem as candidaturas os assuntos serão explorados pelos adversários.
Daqui por diante todos, absolutamente todos os pré-candidatos têm que está preparados pelo o que vem pela frente. Chumbo-grosso ou não, as notícias varrem a internet e o leitor-eleitor está ligado nos acontecimentos.
FD/Nominuto
Wilma: silêncio sobre julgamento na Operação Sinal Fechado.


As redes sociais servem como ressonância do que é dito na imprensa via blogs, portais, jornais e televisão. Portanto, quem vai ser mesmo candidato é bom ter um bom marketing para tentar iludir o eleitor com supostas maquiagens sobre o que vem sendo apurado.
Saque de recursos do Fundo Previdenciário, venda daconta única do município e atos administrativos para nomeação, reajuste egratificações a servidores, no caso de Carlos Eduardo Alves, “ato político” irresponsável rasgando um cartaz nos corredores da Câmara, no caso de Rogério Marinho, e figurar como ré na Sinal Fechado, caso de Wilma de Faria, não são coisas nada abonadoras para quem deseja ser prefeito (a) de uma capital.

Leia mais sobre a política no Blog do Barbosa, no www.blogdobarbosa.jor.br

Delta bancou mensalão com dinheiro desviado de obra no RN, diz PF

Construtora teria comprado material de qualidade inferior para sobrar dinheiro e pagar propina a funcionários do DNIT; obra é a da BR-304.

Por Atanázio Vieira


FD/Brasil/Nominuto
Fernando Cavendish, dono da Delta Engenharia.
As denúncias de que a construtora Delta seria ligada ao esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira começam a chegar ao Rio Grande do Norte.

A investigação da Polícia Federal, que agora se desdobrou em dois processos na Justiça cearense, identificou o pagamento de um "mensalão" pela Delta a servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) do Ceará.

E o dinheiro era conseguido através de fraudes em licitações e compra de material de qualidade inferior à praticada no mercado, segundo indica a investigação. Foi através desse esquema que o pessoal do DNIT do Ceará teria desviado dinheiro das obras da BR-304, que une Natal a Russas (CE).

Aluizio Alves, preso pela PF na Operação Mão Dupla em 2010 e então diretor da Delta Norte e Nordeste, será convocado a depor na CPI Mista de Cachoeira, pela liderança do PSDB no Senado. Procurada, a Delta informou que não se pronunciaria sobre a permanência do executivo no conselho de administração da empreiteira.

domingo, 29 de abril de 2012

A noite desta sexta-feira (27) foi de festa na comunidade quilombola Boa Vista dos Negros, em Parelhas, que acaba de inaugurar o Ginásio Esportivo Aldecir Fernandes do Amaral. O evento contou com a presença da deputada federal Fátima Bezerra (PT), que alocou emenda parlamentar para a realização da obra; do prefeito de Parelhas, professor Francisco Medeiros. Além dos moradores, dirigentes, secretários e vereadores do município, compareceram várias lideranças políticas da região, como o prefeito Iranildo Pereira, de Santana do Seridó; Pe.Jocimar, de Jardim do Seridó; Alexandre Dantas, de Carnaúba dos Dantas e Tom, de Acari, entre outros.


Para festejar, a comunidade promoveu diversas apresentações culturais. Através da dança, o grupo Negros do Rosário mostrou que a comunidade permanece resgatando e preservando as tradições.


Além do ginásio, Fátima visitou demais obras que estão sendo realizadas no município e demonstrou satisfação com o número de ações promovidas pela prefeitura. “Eu fico muito feliz de ver essas obras e de colaborar com estas ações. Avalio muito bem as ações da prefeitura e acredito que seja motivo de orgulho para toda a população de Parelhas”.


O prefeito Francisco Medeiros recordou como foi articulação com a deputada Fátima para que conseguisse os recursos para a obra do ginásio. “Nós estivemos aqui na comunidade ano passado e os moradores cobraram esta ação. A sensibilidade da deputada foi fundamental. Assim que recursos do Ministério dos Esportes foram anunciados, Fátima encaminhou a emenda”, disse.



A moradora Maria das Graças, mais conhecida como “Preta”, acredita que o ginásio será um espaço de grande proveito. “Há muitos anos que nós temos lutado por um espaço digno para o esporte. Agora o sonho virou realidade”.

América vence ABC de virada na "ida" de decisão do Potiguar 2012

O visitante ABC abriu o placar em Goianinha; o América insistiu pela direita e venceu por 2 a 1; dia 6 tem o jogo da "volta" no Frasqueirão.

O América recebeu em Goianinha e venceu o ABC - 2 a 1 de virada - no jogo de "ida" da decisão do Campeonato Potiguar 2012.
Fantando 5 minutos para o jogo começar, muitos esperavam que o América "inventasse" de mudar a escalação - como fez em clássicos anteriores, ganhando a antipatia de parte da torcida e de quase toda a crônica esportiva local. Mas, desta vez, foi o ABC quem alterou a escalação, e ainda por cima duas vezes, quase como um "troco".
Nos minutos iniciais, o anfitrião América mstrou mais posse de bola, enquanto o visitante ABC explorava mais as laterais. Aos 19 minutos de jogo, o ABC abriu o marcador: Berg cruzou da esquerda, o goleiro aparou a ameaça, Raul ficou com o rebote e mandou a bola gol adentro - ABC, 1 a zero.
Após o gol, o ABC recuou um pouco, agindo de modo mais defensivo, enquanto o América buscava se recuperar do placar adverso. Logo, o time da casa reparou que havia uma deficiẽncia do lado esquerdo alvinegro - e tratou de explorar os avanços pela direita, asim como fazer vários ataques-relâmpago concentrados na área do ABC. A pressão do América seguiu-se ao longo da etapa complementar..
O empate rubro veio aos 18 minutos do segundo tempo: Ricardo Baiano lançou Isac, que da entrada da área avançou e arriscou chute firme - a bola foi "direto no ângulo". América, 1 a 1.
Aos 30 minutos veio a virada americana - Pingo avançou pela direita e cruzou a Lúcio Curió, que escorou de cabeça no "segundo pau", bola no fundo das redes. América 2 a 1, placar final.
O jogo da "volta" será no dia 6, no estádio Frasqueirão, em Natal. O América tem o empate a seu favor para sagrar-se campeão potiguar; o ABC precisa vencer por mais de um gol de vantagem para erguer mais um título estadual em casa; vitória alvinegra por apenas um gol de diferença força a decisão nos pênaltis.

A batalha dos juros e sua importância estratégica

Por Pedro Pomar



Finalmente, um enfrentamento! Aquilo que o escritor Luis Fernando Veríssimo, apoiador de Lula, pediu em vão durante o primeiro mandato do presidente operário, evocando a rebeldia de Ghandi ao apanhar um bocado de sal (objeto de monopólio da Grã-Bretanha) perante os colonizadores ingleses: “um pequeno gesto”…

Como é óbvio, estamos falando da decisão do governo Dilma Rousseff de forçar indiretamente a queda dos juros no mercado financeiro, por meio da pressão exercida pelo Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF). Os dois grandes bancos estatais reduziram os juros que eles próprios cobravam, aumentaram o volume de dinheiro disponível para empréstimos, e com isso obrigaram os grandes bancos privados — Santander, Bradesco, HSBC, Itaú-Unibanco — a também baixar as taxas cobradas de empresas e de pessoas físicas.

Pequeno, tímido passo? Nem tanto. Combinada com a decisão do Banco Central (BC) de baixar gradualmente a taxa Selic, uma das mais altas do mundo, essa medida do governo tende a aquecer a economia, na contramão da crise mundial, e é indispensável (embora não suficiente) para fazer o país crescer com distribuição de renda e desenvolvimento social. Portanto, “um absurdo”… na opinião dos banqueiros privados, que tugiram e mugiram, protestando contra a ação do BB e da CEF.

O governo se manteve firme, não recuou. Nas últimas décadas o setor financeiro enriqueceu como nunca, e sua arrogância talvez explique o fato de que uma parte dos formadores de opinião alojados na mídia gorda (como as jornalistas Miriam Leitão e Eliane Cantanhede, por exemplo) deu apoio à medida patrocinada pelo Planalto. O discurso dos bancos já não engana ninguém; o spread, ou taxa de risco, é escandalosamente alto no Brasil; além disso, o setor financeiro cobra dos correntistas tarifas imorais.

A exitosa ação governamental comprovou a importância de o Estado brasileiro possuir grandes bancos públicos, poderosos instrumentos de crédito e de política econômica. Isso já se tornara evidente na crise de 2008, quando o governo usou os bancos estatais, inclusive o BNDES, para garantir o financiamento da economia, destravando-a, uma vez que os bancos privados estavam retendo o crédito e assim impedindo o giro da economia.

Juros ainda estão altos, diz Contraf

O movimento sindical entrou no debate, cobrando maiores reduções nas taxas de juros nominais e reais. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) declarou que o corte de 0,75% decidido em 18/4 pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que baixou a Selic para 9%, é bem vindo, mas há margem para maior redução. A Contraf considera “imprescindível” forçar o sistema financeiro a baixar o spread e as taxas de juros.

“Embora a nova queda da Selic seja um passo positivo, o Brasil continua com uma das maiores taxas de juros do mundo. Em 2011, o Tesouro desembolsou R$ 236,6 bilhões para pagar os juros da dívida pública, o que é o maior programa de transferência de renda do governo, beneficiando os mais ricos”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da confederação.

Para o dirigente, as reduções anunciadas pelos bancos privados foram pequenas. “Continuamos com um spread muito acima da média internacional. A queda nos juros não pode ser apenas perfumaria, é preciso que os bancos reduzam de fato o spread. É preciso também aumentar a oferta de crédito, que hoje é de apenas 49% do PIB, enquanto nos países desenvolvidos chega a ser mais que o dobro”, argumentou Cordeiro. A Contraf defende a realização de uma conferência nacional para discutir o papel dos bancos na economia.

Na visão do sindicalista, o Copom errou feio em 2011, ao ceder às pressões do sistema financeiro e elevar a Selic. Na ocasião, diz ele, o Copom “olhou apenas para a inflação e, com isso, sacrificou o crescimento da economia, que foi de apenas 2,7% no ano passado, e a geração de emprego e renda para os trabalhadores”.

O enfrentamento com o capital financeiro precisa continuar, ganhar corpo na sociedade, ganhar as ruas. Só desse modo será possível realizar algumas das reformas estruturais, de natureza democrática e popular, de que o país tanto necessita para superar o apartheid social vigente.

*Pedro Pomar é jornalista, editor da Revista Adusp e doutor em ciências da comunicação.

O partido Frankenstein: o PSDEMB



Por Izaías Almada

Enquanto a reforma política brasileira inspira a fantasia de inúmeros cidadãos e fica arquivada e esquecida em gavetas de Brasília, torna-se necessário, vez por outra, avaliarmos o quadro geral da República nessa área e nos debruçarmos sobre uma ou outra questão de inegável relevância.

Uma delas, em ano eleitoral, é a formação desse novo partido que, indicam as circunstâncias, se constituirá – mesmo diminuindo o número de seus representantes no Congresso a cada eleição – no arauto do atraso, profeta do passado, no exemplo da intolerância, no arrimo da imoralidade pública e privada. Trata-se do jovem Frankenstein dos nossos partidos, cujos remendos vão sendo costurados à medida que o país toma conhecimento da verdade sobre a grande conspiração entre bandidos da imprensa, bandidos do congresso nacional e bandidos de outras origens e atividades, também conhecidos por empresários de jogos ilegais.

Quando se pensa que chegamos ao fundo do poço da ignomínia e do deboche de honrados cidadãos, capazes que são de esticar a mão para dentro dos cofres públicos e recolhê-las para dentro dos próprios bolsos, os deuses da ética nos brindam com novas e patéticas novidades sobre o bloco dos bandidos do colarinho branco e de caráter bem sujo. Sobre o assunto, recomenda-se a leitura de “Privataria Tucana” e os relatórios da PF sobre a operação Monte Carlo.

Saber que há grupos e corporações embaralhando e dando as cartas no jogo político e econômico do capitalismo, no jogo do público e do privado, não é propriamente uma novidade. Que se disputa o poder político seja através de eleições democráticas ou mesmo de revoluções populares ou golpes de estado, consoante o interesse a ser contemplado ou imposto, também isso é tão antigo quanto o próprio sistema e a história do homem. Logo, não seria nada espantoso para a atual sociedade brasileira mais essa investigação da Polícia Federal que veio à tona nas últimas semanas.

Contudo, ainda é possível a muitos de nós o sentimento de indignação ou, o que é pior, o amargor de nos sentirmos impotentes diante da pusilanimidade e do deboche com que certos políticos denigrem não só a sua própria imagem e a dos partidos que representam, mas – sobretudo – a natureza da atividade a que se dedicam como homens públicos e (na teoria, pelo menos) o de serem os guardiães dos princípios éticos e democráticos.

A ditadura de 64/68 criou dois partidos políticos artificiais, Arena e MDB, apenas para dar ao país e talvez ao mundo a fugaz impressão de que a troca de generais e a existência de um congresso com dois partidos ali representados espalhassem a sensação de sermos uma ‘ditabranda’, segundo o neologismo criado por algum sociólogo de botequim…

De lá para cá o país foi governado dentro da cartilha neoliberal e a tal Aliança Renovadora Nacional, antes de se tornar PFL e agora DEM, deitou e rolou sob a proteção da força militar, com a ajuda de uma imprensa subjugada ou defensora de seus próprios interesses e do interesse de seus grandes anunciantes, da cooptação sistemática de acadêmicos e intelectuais, da destruição das garantias dos trabalhadores, da escravização para o trabalho no campo, do sucateamento do ensino e da saúde, da privatização de empresas públicas, a tal ponto que a eleição de um operário metalúrgico e uma ex-guerrilheira, com milhões e milhões de votos nas urnas, mesmo que com grande empenho da parte deles, ainda não foi capaz de quebrar a espinha dorsal de tal domínio.

Entre 1964 e 2012, duas novas gerações de brasileiros passaram dos bancos escolares à direção de empresas, de alunos a professores, de eleitores de primeira viagem ao conjunto de novos governantes nos níveis municipais, estaduais e federais, de filhos a pais, de pais a avós, de indiferentes a participantes ou vice e versa, juntando-se todos aos mais velhos com a sua experiência adquirida no pós guerra para uma caminhada cheia de esperanças e frustrações. Todos, absolutamente todos, a se informarem e a formarem opiniões a partir de jornais, revistas semanais e canais de televisão, de cujos editais escorre o veneno da injúria, mata-se a reputação de adversários políticos e concorrentes nos negócios privados e, sobretudo, públicos.

Nessa caminhada sobrecarregada de decepções nos campos da política partidária, onde o que menos importa em muitos casos é o interesse do país; no exercício da justiça, cujo palco é manchado pela vaidade e até pela corrupção de juízes apequenados; na correção mais implacável das mazelas sociais, com um grau nada desprezível de sucateamento na educação formal; na luta pela soberania do país contra a eterna falácia dos entreguistas, e com as ideologias se baralhando, programas de governo se distanciando dos seus objetivos, políticos a mudarem de partidos, partidos a mudaram de nomes, o país a mudar de fisionomia, sendo que nos últimos nove anos – sob alguns bons aspectos – até para melhor, mas ainda assim sem a convicção de que se pode mudar mais e com mais verticalização e segurança.

Não obstante, pesados os prós e os contras, não podemos perder de vista a estratégia do adversário, quando ela existe e, sobretudo, a do inimigo. A cultura do dinheiro e do sucesso a qualquer custo, a competição selvagem como alavanca para o progresso e para o desenvolvimento, a eliminação paulatina dos conceitos éticos, a mentira e a falácia como armas de convencimento e difusão de ideias, continuam a ser o manancial onde se abastecem a esperteza de maus políticos, da imprensa venal e da justiça de classe, esse triunvirato de imenso poder corrosivo sobre uma sociedade que ainda não conseguiu se descolar inteiramente do seu passado de país escravagista, monocultor, aculturado e dependente.

A educação formal no Brasil ainda não foi capaz, apesar de inúmeras tentativas, de criar mecanismos que apetrechem o cidadão, desde os primeiros bancos escolares, a refletir e entender os direitos e deveres do convívio social, de maior respeito ao coletivo, aos direitos do outro, do combate cotidiano ao princípio de ‘tirar vantagem em tudo’ e até de aceitar a corrupção dos amigos e combater a dos adversários ou mesmo inimigos. A cultura do ‘farinha pouca meu pirão primeiro’… Ainda há um caminho a percorrer, difícil, cheio de armadilhas, que requer paciência e perseverança no dia a dia, nas semanas e meses que passam, inexoráveis. As eleições municipais de 2012 vão retomar esperanças e oferecer ao Brasil nova oportunidade de outro passo à frente, de outra batalha contra os que insistem em olhar para um país que quer abandonar o lado mais escuro do seu passado.

E se há um partido político que representa no Brasil de hoje não só uma visão de passado e de retrocesso político, a que devemos todos estar bem atentos para não retroagirmos nesse pouquinho de democracia conquistada, nos avanços na área econômica e na defesa de nossa soberania, esse partido que junta o reacionarismo conservador ao discurso da modernidade neoliberalizante, atende no momento pela obscena sigla de PSDEMB.

Izaías Almada é escritor, dramaturgo e roteirista cinematográfico, É autor, entre outros, dos livros TEATRO DE ARENA, UMA ESTÉTICA DE RESISTÊNCIA, da Boitempo Editorial e VENEZUELA POVO E FORÇAS ARMADAS, Editora Caros Amigos.

Barões da Mídia fecham acordo contra a CPI



Do 247

Há exatamente uma semana, o 247 revelou com exclusividade que o executivo Fábio Barbosa, presidente do grupo Abril e ex-presidente da Febraban, foi a Brasília com uma missão: impedir a convocação do chefe Roberto Civita pela CPI sobre as atividades de Carlos Cachoeira. Jeitoso e muito querido em Brasília, Barbosa foi bem-sucedido, até agora. Dos mais de 170 requerimentos já apresentados, não constam o nome de Civita nem do jornalista Policarpo Júnior, ponto de ligação entre a revista Veja e o contraventor Carlos Cachoeira. O silêncio do PT em relação ao tema também impressiona.

Surgem, aos poucos, novas informações sobre o engavetamento da chamada “CPI da Veja” ou “CPI da mídia”. João Roberto Marinho, da Globo, fez chegar ao Palácio do Planalto a mensagem de que o governo seria retaliado se fossem convocados jornalistas ou empresários de comunicação. Otávio Frias Filho, da Folha de S. Paulo, também aderiu ao pacto de não agressão. E este grupo já tem até um representante na CPI. Trata-se do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).

Na edição de hoje da Folha, há até uma nota emblemática na coluna Painel, da jornalista Vera Magalhães. Chama-se “Vacina” e diz o que segue abaixo:

“O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) vai argumentar na CPI, com base no artigo 207 do Código de Processo Penal, que é vedado o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo, como jornalistas. O PT tenta levar parte da mídia para o foco da investigação”.

O argumento de Miro Teixeira é o de que jornalistas não poderão ser forçados a quebrar o sigilo da fonte, uma garantia constitucional. Ocorre que este sigilo já foi quebrado pelas investigações da Polícia Federal, que revelaram mais de 200 ligações entre Policarpo Júnior e Carlos Cachoeira. Além disso, vários países discutem se o sigilo da fonte pode ser usado como biombo para a proteção de crimes, como a realização de grampos ilegais.

Inglaterra, um país livre

Pessoas que acompanham o caso de perto estão convencidas de que Civita e Policarpo só serão convocados se algum veículo da mídia tradicional decidir publicar detalhes do relacionamento entre Veja e Cachoeira. Avalia-se, nos grandes veículos, que a chamada blogosfera ainda não tem força suficiente para mover a opinião pública e pressionar os parlamentares. Talvez seja verdade, mas, dias atrás, a hashtag #vejabandida se tornou o assunto mais comentado do Twitter no mundo.

Um indício do pacto de não agressão diz respeito à forma como veículos tradicionais de comunicação noticiaram nesta manhã o depoimento de Rupert Murdoch, no parlamento inglês. Sim, Murdoch foi forçado a depor numa CPI na Inglaterra – não na Venezuela – para se explicar sobre a prática de grampos ilegais publicados pelo jornal News of the World. Nenhum jornalista, nem mesmo funcionário de Murdoch, levantou argumentos de um possível cerceamento à liberdade de expressão.

Afinal, como todos sabem, a Inglaterra é um país livre.

O Brasil se vê hoje diante de uma encruzilhada: ou opta pela liberdade ou se submete ao coronelismo midiático.

O novo corredor ferroviário entre Brasil e Paraguai


Por Marco Antonio L.

"Eixo Capricórnio" liga dois oceanos por ferrovia

Do Valor Econômico, no Blog Democracia e Política

“Um corredor ferroviário que liga portos do Atlântico e do Pacífico e uma nova ponte binacional Brasil-Paraguai são os principais projetos do “Eixo Capricórnio”, que se desenvolve em torno do trópico de mesmo nome e inclui aportes na Argentina, Bolívia e Chile. São cinco projetos estruturantes, com 18 obras, e investimentos de US$ 3,4 bilhões.

No Brasil, a área de influência do eixo compreende o Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Junto com os países vizinhos, compreende 50 milhões de habitantes ou 19% da população total dos territórios envolvidos.

Segundo Francisco Luiz Baptista da Costa, diretor de planejamento do Ministério dos Transportes do Brasil, a ideia da via ferroviária bioceânica Paranaguá-Antofagasta (Chile) já é antiga e gerou em 2007 um grupo de trabalho com representantes da Argentina, Chile, Brasil e Paraguai. Uma nova reunião dos representantes dos países está marcada para julho, em Santiago.


r />“A meta é permitir o escoamento de cargas agrícolas e industriais do interior sul-americano pelo Oceano Atlântico ou pelo Pacífico”, afirma Costa, um dos participantes do “Fórum de Infraestrutura da América do Sul-8 Eixos de Integração”, realizado na FIESP. “O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou um estudo de viabilidade do projeto, concluído no ano passado, com as necessidades de investimentos e o potencial de carga que pode ser atraído para a ferrovia”.

O projeto, que não inclui o transporte de passageiros, é composto por nove obras que incluem a reabilitação de estradas de ferro já existentes, a execução de novos trechos no percurso e a otimização de pontes e parques de cargas. Atualmente, 92,4% dos 74,8 mil quilômetros da rede ferroviária dos países do Eixo Capricórnio são operacionais, mas há sistemas deteriorados. No total, o corredor bioceânico tem extensão de 3,5 mil quilômetros, e conclusão prevista para 2020.

Para finalizar a obra, o governo do Paraguai investe na construção de uma ferrovia de 503 quilômetros, de Puerto Franco, em Ciudad del Este, a Pilar, capital do departamento de Ñeembucú. “O objetivo é proporcionar melhor conexão entre Brasil, Paraguai e Argentina”, explica o vice-ministro de Transportes do Paraguai, Luis Pereira.

A “Agência Internacional de Cooperação Coreana” (Koica) elabora o estudo de viabilidade e o projeto de engenharia da obra, diz o arquiteto Luis Añazco, do Ministério de Obras Públicas do Paraguai. O investimento no trecho está avaliado em US$ 1 bilhão.

Para Sérgio Ricardo Fonseca, da gerência de novos negócios da construtora Camargo Correa, os governos federais envolvidos nas obras precisam definir, com mais rapidez, os modelos de concessão para atrair investidores. “O Eixo Capricórnio é uma das regiões mais atraentes para o setor de infraestrutura, mas o desafio é determinar se os projetos serão concessões públicas ou PPPs (parcerias público-privadas).”

A empresa brasileira já trabalha com o governo paraguaio em um poliduto para o transporte de óleo diesel, gasolina, etanol e óleo da capital federal ao porto de Paranaguá. A novidade prevê aportes de até US$ 3 bilhões.

Segundo Rodney Carvalho, diretor de infraestrutura da Odebrecht para Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai, o trecho ferroviário paraguaio, dedicado apenas para cargas, tem perfil de projeto privado. “Falta aos governos explicar que marcos regulatórios serão usados para tirar as obras do papel.”

Outra construção importante do Eixo Capricórnio é a Ponte Porto Presidente Franco-Porto Meira, com 720 metros de extensão e 19 metros de largura. A segunda ligação internacional sobre o rio Paraná fica a sete quilômetros da Ponte da Amizade e tem como objetivo melhorar a conexão entre o Brasil e o Paraguai, com o descongestionamento do tráfego na ponte antiga.

A nova ponte estaiada, avaliada em US$ 80 milhões, vai ganhar controles de fronteira. O projeto foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento e o edital de licitação deve ser divulgado ainda neste semestre. O prazo para conclusão da obra é 2014.”

FONTE: publicado no jornal “Valor Econômico” e transcrito no blog de Luis Favre (http://blogdofavre.ig.com.br/2012/04/eixo-capricornio-liga-dois-oceanos/) [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’]

Petrobras entre as mais valorizadas marcas do país



Por Marco Antonio L.

As marcas mais valiosas do Brasil em 2012

Da Istoé Dinheiro

Pela terceira vez consecutiva, a Petrobras é a grife mais valorizada do País, segundo ranking DINHEIRO/BrandAnalytics. O Bradesco passa o Itaú e retoma a vice-liderança.

Por Ralphe MANZONI Jr.

As marcas, dizem os especialistas, são as fortalezas das empresas em períodos de crise. Sem grifes fortes, consolidadas e admiradas pelos consumidores, as turbulências econômicas seriam enfrentadas com muito mais dificuldades. No ano passado, por exemplo, não faltaram agruras no horizonte, principalmente vindas do continente europeu, com vários países à beira da insolvência. As dificuldades globais influenciaram o desempenho das empresas brasileiras e afetaram negativamente o valor de seus papéis negociados em bolsa de valores. É sob essa ótica que deve ser analisado o resultado da pesquisa “As Marcas Mais Valiosas do Brasil em 2012”, realizada em parceria pela DINHEIRO e pela BrandAnalytics/ Milward Brown. Primeiro a má notícia: o valor das 50 maiores marcas brasileiras caiu 23,2% em 2012, quando atingiu US$ 59 bilhões (R$ 111 bilhões).


À primeira vista, sim. Mas os dados devem ser avaliados numa perspectiva mais ampla. Desde 2009, as principais grifes locais valorizaram-se 35,2%, em dólar. Além disso, a apreciação do real e o bom desempenho das empresas nacionais em bolsa de valores inflou os valores das marcas brasileiras no estudo do ano passado. Esses dois fenômenos deixaram de influenciar o ranking de 2012, o que explica a queda. “É uma volta ao normal”, diz Eduardo Tomiya, diretor-geral da BrandAnalytics e coordenador da pesquisa. “Em uma crise, as marcas fortes funcionam como um escudo.” Não é, portanto, de surpreender que a Petrobras, maior empresa brasileira, tenha conquistado este ano pela terceira vez consecutiva o título de A Marca Mais Valiosa do Brasil.
Graça Foster, da Petrobras: "Queremos ser reconhecidos
como uma empresa de tolerância zero com acidentes".

Com um valor de US$ 10,5 bilhões (R$ 19,7 bilhões), a petrolífera brasileira é uma referência em exploração de óleo em águas profundas, tem um plano de investimento de US$ 225 bilhões até 2015, o maior do planeta, e sua imagem não foi afetada por recentes episódios de derramamentos de petróleo no mar, como o que aconteceu com a americana Chevron no ano passado. “O vazamento zero é meta da Petrobras”, disse à DINHEIRO Graça Foster, que assumiu o comando da estatal em fevereiro deste ano. “Queremos ser reconhecidos como uma empresa responsável, de tolerância zero com acidentes.” E conclui a presidenta: “Estamos trabalhando para alcançar essa meta.” A Petrobras é também uma companhia global, mas a maior parte de seus ativos está no Brasil.

Apesar de contar com presença em 28 países, a estatal tem chamado a atenção mundial – e construindo dessa forma sua reputação internacional – por causa das encomendas que está realizando para a exploração da camada do pré-sal. Para se ter uma ideia da magnitude dos gastos, a Petrobras tem uma carteira de pedidos de US$ 82 bilhões só de sondas, o que tem atraído o interesse de fornecedores no Brasil e no Exterior. A resiliência da marca Petrobras foi acompanhada por outras empresas de diversos segmentos, que conseguiram se sair bem em um ambiente de crise internacional. O Bradesco, por exemplo, retomou a vice-liderança, posto que havia perdido para o Itaú no ano passado. Com isso, a instituição financeira fundada por Amador Aguiar volta a ser a marca mais valiosa de sua área. O plano de saúde odontológico OdontoPrev foi a grife que mais se valorizou em 2012: 29%.

Estrearam no levantamento de 2012 Bohemia, Magazine Luiza, União, Durafloor, Arezzo e Deca. Deixaram a lista Cyrela, Fleury, Embraer, Ultragaz, Droga Raia e CSN. Pela primeira vez foi feita uma análise dos portfólios de marcas das empresas. Com quatro produtos – Skol, Brahma, Antarctica e Bohemia, sendo que as três primeiras entre as dez mais bem classificadas –, a fabricante de bebidas Ambev tem a coleção mais valiosa do Brasil. Juntas, as quatro valem US$ 8,9 bilhões (R$ 16,7 bilhões). Ela é seguida pela Brasil Foods e pelo Grupo Pão de Açúcar. A pesquisa deste ano avaliou 220 marcas de 162 companhias brasileiras de capital aberto. No estudo, são consideradas apenas as marcas nacionais. Assim, gigantes globais como Apple, Google, Ford e Coca-Cola não participam do universo pesquisado.

Da mesma forma, ficam de fora as grifes nacionais de companhias de capital fechado, como O Boticário, Bombril e Tigre. Além de mensurar o valor, a BrandAnalytics realizou uma pesquisa com mais de 12 mil consumidores para identificar as marcas mais queridas dos brasileiros, incluindo nesta sondagem as internacionais. No levantamento de 2012, a consultoria mudou a metodologia (leia o gráfico "Entenda como é feita a pesquisa"). Com isso, não é possível comparar o resultado com o ano anterior. “Medimos, desta vez, a contribuição da marca para o desempenho das vendas”, afirma Tomiya. Em outras palavras, imagine quanto uma empresa perderia em vendas, se não tivesse uma grife reconhecida e admirada pelos consumidores. E nenhuma marca é mais poderosa no Brasil do que o sabão em pó Omo, da anglo-holandesa Unilever, escolhida A Marca Mais Forte, à frente de Coca-Cola e Trident.

Schermers, da Unilever: a cada um segundo, 12 caixas de Omo são vendidas no varejo brasileiro.
O Omo é um dos raros produtos que ganharam status de sinônimo de uma categoria, como Bombril, Danone e Xerox. Tanto que, apesar de ter um preço maior do que seus concorrentes, ele é consumido por todas as classes sociais. “O Omo é uma das marcas mais democráticas do Brasil”, diz o holandês Robert-Hein Schermers, diretor de marketing da Unilever, responsável pela estratégia do sabão em pó. O Omo mantém uma posição quase hegemônica na cabeça dos consumidores brasileiros. Seus números são, de fato, de impressionar. Ele detém mais de 50% de participação de mercado em sua categoria. A cada segundo são vendidas 12 unidades de Omo, em sua embalagem de um quilo, no País. O Brasil é o mercado que mais vende caixas do produto entre os mais de 50 países em que é comercializado. Apesar de estar há 55 anos no País, a companhia não se acomodou com a liderança.

A Pesquisa avaliou 220 marcas de 162 empresas brasileiras
de capital aberto. Mais de 12 mil consumidores espalhados
pelo país foram ouvidos.

Tanto que inovação é parte constante da agenda da Unilever. Há um exemplo recente dessa filosofia da empresa: o lançamento da versão líquida do Omo. “Ele é mais fácil de dosar e permite aplicação direta nos tecidos”, afirma Schermers. “Tomamos essa decisão depois de ouvir os consumidores.” A companhia não para também de pesquisar novas enzimas, substâncias que quebram as sujeiras em partículas e as jogam na água. “As manchas mudam com o tempo.” A mais recente elimina manchas difíceis, como óleo lubrificante, pó de grafite, carvão e óleo de motor. Uma análise dos números do estudo ajuda a entender os efeitos da crise global sobre as empresas brasileiras. O setor de varejo e de serviços, por exemplo, sentiram menos os problemas da Europa.

Afinal, seus desempenhos dependem mais do consumo interno, ainda potencializado pelos gastos da classe C, do que dos humores dos países do Velho Continente. O valor das marcas das companhias desses ramos caíram 15,5,% e 6,9%, respectivamente. Na área de construção, a queda foi de 42%. O setor bancário e de seguradoras foi um dos que mais sentiram os abalos dos problemas europeus. O valor das marcas das principais instituições financeiras teve queda de 33%. A Porto Seguro, por exemplo, viu o valor de sua grife erodir 63%, a maior queda entre as 50 empresas do ranking. Em 2011, sua marca valia US$ 1,35 bilhão. Neste ano, US$ 500 milhões, fruto de um ritmo mais lento de integração com o Itaú, o que fez suas ações perderem 20% do valor no ano passado. É nessa hora que a força da marca conta a favor. O exemplo do Bradesco é ilustrativo disso. Assim como seus pares, o valor de sua marca caiu.

Leonelli, do Bradesco: o banco reforçou sua presença no ambiente físico e digital.

Mas menos do que os seus principais rivais. No ano passado, o banco da Cidade de Deus perdeu o Banco Postal para o Banco do Brasil. Mas, em uma ousada operação, investiu R$ 1,2 bilhão e abriu 1.009 agências em apenas seis meses, ultrapassando a rede do Itaú Unibanco. “Antes, havia muita migração para o Sudeste”, afirma Cândido Leonelli, diretor executivo do Bradesco. “Os brasileiros estão, agora, começando a gerar riqueza em seus locais de origem. Por isso, a nossa política de presença é fundamental.” Presença não apenas física. Digital também. “Somos um banco popular, mas pioneiro em tecnologia”, diz Leonelli. Esse é um atributo que se incorporou com força à marca Bradesco. Ele foi o primeiro a ligar clientes ao antigo telex, o desbravador em internet banking e o precursor do banco pelo celular.

Agora, quer usar seu DNA inovador para lançar, em breve, um serviço para atrair os “sem-banco” por meio do telefone móvel. “Vamos transformar o celular pré-pago numa carteira”, afirma Leonelli. Quem está se beneficiando do crescimento da rede do Bradesco é a OdontoPrev, que uniu sua operação ao Bradesco Dental em 2009. A companhia iniciou um projeto para começar a vender planos odontológicos para pessoas físicas. Dos cinco milhões de clientes da empresa, apenas 300 mil são desse novo universo que a companhia pretende explorar. “Preciso tornar a marca mais conhecida desse público”, afirma Randal Zanetti, presidente da OdontoPrev. Qual a melhor forma? Usar, é claro, as agências do Bradesco. “A cada mês, estamos avançando em termos de ofertas de produtos via esse canal”, diz o fundador da OdontoPrev, uma das poucas marcas que se valorizaram em 2012.
Além dela, somente outras cinco grifes observaram seu valor crescer: a rede de varejo Lojas Americanas, o banco Banrisul, o shopping Iguatemi e as cervejas Skol e Antarctica, ambas da Ambev. A maior cervejaria do País, parte do grupo belgo-brasileiro AB InBev, emplacou quatro marcas, a maior entre todas as empresas, no ranking de 2012: Skol, Brahma, Antarctica e Bohemia. A Skol, por exemplo, passou a integrar o seleto grupo das cinco grifes mais valiosas do Brasil, alcançando o quarto lugar, duas posições a mais do que no ano passado. Esse resultado foi conseguido em razão de uma forte comunicação com o seu público. “Nosso alvo são as pessoas de 18 a 24 anos, mas também as mais velhas que são jovem de espírito”, afirma Pedro Earp, diretor de marketing da Skol e de produtos premium. Tanto que a linha de comunicação é pautada pela irreverência.

Pedro Earp, da Ambev: quatro marcas no ranking e portfólio mais valioso do mercado brasileiro.
A estratégia, no entanto, não se restringe à propaganda da tevê. Cada vez mais, a Ambev aposta em experiências pessoais e digitais. No primeiro caso, ela patrocina o Skol Sensation, um dos principais festivais de música eletrônica do País. Na área de internet, a companhia investe 15% de sua verba publicitária na web. O site da Skol recebe mais de 20 milhões de pessoas por ano, que vão até o endereço virtual em busca de conteúdos interativos e jogos. Um dos grandes destaques da Ambev, no entanto, é a cerveja premium Bohemia, pela primeira vez no ranking. Logo em sua estreia, ela alcança a 14a posição. “A Bohemia tem credenciais espetaculares”, diz Earp. Não é, de fato, papo de marqueteiro. Ela faz parte da história da cerveja no Brasil.

A marca foi produzida pela primeira vez em 1853, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, por um colono alemão chamado Henrique Kremer. A fábrica funcionou no mesmo local até 1998, quando foi fechada. Agora, ela será reaberta com investimentos de R$ 40 milhões e produzirá as variantes da família Bohemia (Pilsen, Escura, Weiss e Confraria), além de edições especiais da marca. Não bastasse isso, o prédio se transformará em um memorial com a história da cerveja do Brasil e do mundo. O museu terá painéis interativos que fará o visitante viajar pelo mundo da bebida feita com cevada e lúpulo. “A Bohemia, como marca premium, é a joia brasileira”, afirma Earp. Ela também é um indício de que marcas fortes resistem ao tempo e às crises de toda ordem.

Gurgel reluta em se declarar impedido no caso Cachoeira


Por Marco Antonio L.

Procurador Gurgel reluta em se declarar impedido no caso Cachoeira

Por Wálter Maierovitch, no Terra

A correta decisão do ministro Ricardo Lewandowski de liberar, –para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito e o Conselho de Ética do Senado—, todas as peças da investigação policial sigilosa sobre o chamado caso Carlinhos Cachoeira resultou em uma enxurrada de vazamentos à imprensa. As peças se referem às operações Vegas, — que apesar da gravidade dormiu no gabinete de Gurgel de 2009 a 2012—, e Monte Carlo.

Na essência, o sigilo é imposto no interesse da investigação. Um vazamento, –como sabem até os rábulas de porta de cadeia de periferia–, pode prejudicar uma apuração criminal. Por isso, e finda a investigação, o inquérito deveria, mas isso não acontece no Brasil, ser levantado.


r />......Entre nós e infelizmente ,o sigilo visa manter distante do conhecimento público falcatruas apuradas por poderosos e potentes que gozam de foro privilegiado. Por evidente, as increpações,– contidas no inquérito policial e se objeto de ação penal–, ficam sujeitos à confirmação no devido processo legal, que tem na ampla defesa a sua pedra angular e na presunção de não culpabilidade (não se confunde, como já escrevi milhões de vezes, com a presunção de inocência, não acolhida na Constituição brasileira) uma garantia fundamental.

Das várias interceptações telefônicas realizadas, uma chama a atenção em especial. Ela mostra como a organização criminal de Carlinhos Cachoeira era tentacular, como a Cosa Nostra, quer a siciliana, quer a siculo-norte-americana. Ambas têm o polvo (la piovra) como símbolo.

De pronto, friso, que me refiro, — sobre a atenção especial–, ao teor da interceptação publicada hoje na coluna do Ilimar Franco do jornal O Globo e sobre a conversa entre Cachoeira e o governador Marconi Perillo.

Antes da divulgação da peça, Perillo sustentava que apenas uma vez atendeu Cachoeira e por ter ele pedido uma audiência. A revelação contida na supramencionada coluna do Ilimar Franco mostra a mentira de Perillo. E basta atentar para a consideração de Perillo para com Cachoeira, na conversa interceptada e que segue: “Parabéns. Que Deus continue te abençoando ai, te dando saúde, sorte. Um grande abraço prá você, viu” .

Não me refiro, ainda, à “cachaçada” relatada por Demóstenes, num jantar entre ele, Cachoeira e Perillo, tudo conforme contado, ainda, na citada coluna do Ilimar Franco e publicada na edição de hoje do O Globo.

Também não me refiro à gravação que revela mais uma das mil farsas do senador Demóstenes Torres. O senador, quando divulgado o escândalo, sustentou que havia conversado para Cachoeira para ajudar numa pendência entre o seu suplemento no Senado e o bicheiro. Na coluna do Jorge Bastos Moreno, intitulada “Nhenhenhém” e publicada no O Globo de hoje, está revelado que a companheira e convivente de Cachoeira, Andressa Mendonça, era casada com Wilder Pedro de Morais, ex-sócio de Cachoeira e suplemente do senador Demóstenes Torres. Como se percebe, Demóstenes até aceitou, como suplemente de senador, pessoa da organização delinquencial de Cachoeira.

O fato grave a chamar a atenção diz respeito ao litígio pouco digno, segundo os dados revelados, entre o procurador geral da República, Roberto Gurgel, e o senador Demóstenes.

Gurgel, como circulou por todo ministério Público, teve a recondução no cargo de procurador-geral da República cuidada por Antonio Palocci, então ministro-chefe da Casa Civil.

Quando estourou o escândalo Palocci, o procurador Gurgel, inusitadamente, enviou-lhe um ofício para explicar as gravíssimas suspeitas que pesavam contra ele.

Palocci, que preferiu silenciar sobre os clientes da sua imobiliária (ele tinha uma imobiliária que não cuidava de imóveis), respondeu que tinha feito fortuna com assessoria dada na sua empresa e quando estava fora do governo. Gurgel, por incrível que possa parecer, não requisitou inquérito apuratório e determinou o arquivamento do escândalo Palocci.

Sobre essa conduta de Gurgel, o senador Torres, com o discurso correto e apoio da sociedade civil que luta pela restauração da moralidade pública, criticou o procurador geral da República (a escolha para a função é do presidente da República pela nossa Constituição) com veemência.

Na interceptada conversa entre Cachoeira e Demóstenes, publicada na edição de hoje do jornal O Estado de S.Paulo, ficou clara a verdadeira razão do protesto de Demóstenes contra Gurgel, do plenário do Senado: -“Se não der nele, ele (Gurgel) começa a pegar a gente , entendeu ? (a interceptação é de 7 de julho de 2011).

Trocado em miúdos essa conversa entre Demóstenes e Cachoeira, fica patente a pressão em razão de Gurgel estar com o inquérito Vegas, que apurou a atuação criminosa de Cachoeira e já envolvia Demóstenes.

Não passou muito tempo para Demóstenes concordar, no Senado e expressamente, com a recondução de Gurgel. E Gurgel, por coincidência ou não, ficou com o inquérito Vegas no seu gabinete de 2009 a 2012. Só mexeu nele quando pressionado por cobrança de parlamentares baseada na Operação Monte Carlo.

Ontem, Gurgel informou, com relação a Demóstenes e envolvimento no esquema Cachoeira, “ que R$1 milhão foi depositado” na cona do senador.

Gurgel fez a afirmação sem ainda ter a movimentação da conta-corrente de Demóstes, que nega haver recebido.

Com a experiência que possui, Gurgel deveria esperar para verificar a movimentação bancária de Demóstenes, pois, se não verdadeira o mencionado, acaba por favorecer, “encher a bola” o senador, ou mehor, de um farsante do tipo tartufo de Molière.

De boa cautela, até porque “embalou” e fez adormecer no seu gabinete o caso Vegas, que Gurgel se desse por impedido e deixasse de atuar, com o caso sendo passado ao seu substituto. Afinal, Gurgel atua como representante da sociedade civil e é, pelo forro privilegiado de Demóstenes, o único que poderá propor ação penal pública contra ele.

Nesse quadro de “bas-fond” do Irajá, pontifica, também, o petista Humberto Costa, relator na Comissão de Ética no processo por quebra de decoro parlamentar contra Demóstenes. Costa anunciou que não irá usar dados de interceptações telefônicas colhidas na operação Monte Carlo. Em outras palavras, vai aliviar para o lado de Demóstenes, ou seja, se contentará, no relatório, com fatos indecorosos menores, como o exubeante presente de casamento escolhido pelo senador Demóstenes e pago e importado por Cachoeira.

Pano rápido. Viva o Brasil.