segunda-feira, 8 de julho de 2013

Dilma diz que objetivo do ‘Mais Médicos’ é levar profissionais ao interior do país

 

  • Presidente afirma que medidas para a saúde são as mais essenciais dentro dos cinco pactos anunciados pelo governo federal


BRASÍLIA — A presidente Dilma Rousseff, durante o lançamento do programa Mais Médicos nesta segunda-feira, defendeu a importação de médicos estrangeiros. Ela afirmou que o objetivo do programa não é principalmente trazer profissionais de outros países, mas levar médicos para o interior do Brasil.

— Trata-se de um pacto pela vida, pela saúde de todas as brasileiras e todos os brasileiros, em especial daqueles mais pobres, que mais precisam. Eu faço questão de corrigir um conceito: o programa Mais Médicos não tem como principal objetivo trazer médicos do exterior, mas levar mais saúde para o interior — disse Dilma.

— Este governo e esta presidenta não fogem a uma luta. E esta é uma boa luta.

A presidente destacou que o país precisa de médicos de saúde básica, que trabalhem na prevenção e que possam dar diagnósticos de doenças comuns, e que acredita que os profissionais brasileiros irão participar do programa, mas que para os postos que não forem ocupados, o país irá atrair profissionais de outros países.


— Eu acredito no interesse dos jovens médicos brasileiros. Eu tenho confiança que muitos jovens vão comparecer. Mas se não tivermos o número suficiente de brasileiros, nós buscaremos médicos onde houver — disse. — Nos interessa interiorizar e segurar em cada cidade, em cada residência a garantia de assistência e de atendimento médico. O que estamos propondo é que esses médicos que venham aceitem as condições do governo brasileiro — afirmou a presidente, que ainda destacou que o trabalho deses profissionais será fiscalizado pelos órgãos públicos.

A presidente disse que a saúde é o tema mais lembrado nas pesquisas, como o que mais precisa de atenção no país, e que entre os cinco pactos anunciados pelo governo em resposta às manifestações, o que trata de medidas para a saúde “talvez seja o mais essencial deles”.

— Com esse pacto, nós vamos enfrentar de forma célere, firme, três desafios. O primeiro é construir UPAs, postos de saúde e hospitais bem equipados e reformar os existentes. O segundo é garantir que essa imensa rede de saúde funcione direito. O terceiro desafio, talvez o maior de todos, é suprir essa rede com profissionais para atender com qualidade toda a população.

— Nunca é suficiente, nunca é demais que, assim como não se faz a educação sem professores, não se faz saúde pública de qualidade sem médicos. Esse programa trata de garantir médicos e garantir infraestrutura.

Antes do discurso de Dilma, o prefeito de Porto Alegre e presidente da Frente Nacional de Prefeitos, José Fortunatti (PDT-RS), defendeu a adoção de medidas urgentes para a área da saúde.

— A saúde exige medidas imediatas. Não podemos ficar aguardando para que profissionais sejam formados. Há população que necessita de atendimento urgente com dignidade — disse.
O prefeito ainda brincou com algumas das contrapartidas que os municípios vão ter que oferecer para receber os médicos.

— Além da moradia e da alimentação, estaremos oferecendo uma erva-mate de boa qualidade (aos médicos) — afirmou Fortunati.

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