Governadora diz que unificação de ICMS exige compensações para os Estados
A governadora
Rosalba Ciarlini considerou que a proposta de unificação de 4% da alíquota
interestadual do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
apresentada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, aos governadores, nesta
quarta-feira, pode aumentar as desigualdades regionais. “Estamos trocando
imposto por emprego, mas quem vai querer investir num Estado pequeno se houver
uniformização da alíquota?", questiona.
Rosalba faz parte do grupo de governadores que defende a criação de um
Fundo de Desenvolvimento Regional, com segurança jurídica, para os Estados. “É
preciso criarmos atrativos para gerarmos competitividade”. Assim, os Estados do
Nordeste que hoje têm alíquota de 12% de ICMS poderiam disputar a instalação de
empresas com os Estados como São Paulo, Minas e Rio de Janeiro com alíquota
menor de 7%.
Além desse Fundo de Desenvolvimento Regional, a governadora afirma que os
Estados nordestinos precisam de compensações para as perdas provocadas pela
queda no Fundo de Participação dos Estados (FPE), Fundo de Manutenção
e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb) e Imposto
Sobre Produtos Industrializados (IPI). “Estamos angustiados com a queda do FPE.
O RN vai perder R$ 260 milhões da receita prevista pelo Tesouro Nacional”,
explica.
Pela proposta do
Executivo, o corte da alíquota para 4% aconteceria no decorrer de um prazo de
oito anos. Na opinião da governadora Rosalba, a proposta do governo exige tempo
para analise mais apurada e medidas que possam dar segurança aos Estados.
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