quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Manifestantes afirmam que "infiltrados" são responsáveis pelo vandalismo

Manifestação terminou no final da noite de quarta-feira (19) com dois ônibus queimados e repressão da Polícia Militar.


Alguns participantes da “Revolta do Busão” afirmam que foi um grupo isolado responsável pelos atos de vandalismo que aconteceu no protesto de terça-feira (18). No final da manifestação, um grupo de pessoas chegou a queimar dois ônibus. O protesto começou no final da tarde, na Avenida Salgado Filho, e terminou na Bernardo Vieira, próximo ao Midway Mall.

Um estudante e um dos organizadores da “Revolta do Busão”, que preferiu o anonimato, disse que os atos relacionados ao incêndio nos ônibus foram feitos a partir de um grupo isolado do movimento.

Ele afirmou que as pessoas só realizaram essa atitude porque as empresas retiraram os ônibus mais cedo das ruas.

Objetivo dessa manifestação era reclamar do sistema do transporte público de Natal e principalmente, o fim do Passe Livre, cartão que permitia os usuários a usar dois ônibus ao preço de um.

De início, a manifestação era pacífica e parte dos estudantes estava promovendo “roletaços”, ato no qual algumas pessoas entravam no ônibus de graça. Na Avenida Salgado Filho, as vias foram bloqueadas pelo pessoal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), como forma de desafogar o trânsito, chegou prender manifestantes, entre elas está uma professora universitária.

De acordo com o discente de Rádio & TV da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Hélio Ronyvon, é complicado afirmar que os atos relacionados à ontem foram feitos pelos estudantes. “Na plenária que eu participo, muitas pessoas eram contra o ato de vandalismo”, afirmou.

O músico Melky Medeiros estava presente quando aconteceu o incêndio no ônibus próximo ao Midway. Ele comentou que alguns queriam fazer o “roletaço”, porém o motorista recusou e ameaçou de atropelar as pessoas. O condutor foi impedindo de realizar essa atitude pelos manifestantes.

Medeiros falou que depois, o motorista e os passageiros que estavam no veículo saíram no local e logo após, o ônibus foi queimado. O músico acredita que essa atitude foi feita pela parte “anarquista” da revolta, visto que a “Revolta do Busão” é formada por vários grupos e não há um líder específico.

Após o incêndio, a Polícia Militar, através do Batalhão de Choque, chegou ao local e atiraram balas de borracha para tentar controlar a situação. Pessoas que estavam próximas e manifestantes chegaram a ficar feridas.

No final da manhã, a PM falaram a sua versão sobre os fatos e os atos relacionados à manifestação de terça. Próxima manifestação é na quinta-feira (20).

Visão do Seturn

O membro do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos do Município de Natal (Seturn), Augusto Maranhão, acredita que não foram os estudantes que realizaram os atos vândalos. “O protesto perdeu o controle, acredito que houve infiltração de não estudantes dentro da manifestação que estavam querendo só bagunçar”, disse.
Ele falou que os ônibus demoraram a circular pelas ruas na quarta-feira (19), porque alguns funcionários tiveram medo dos veículos fossem queimados. Maranhão falou que alguns ônibus voltaram à garagem mais cedo por motivos de segurança.
No final da tarde, o Seturn vai realizar uma coletiva para falar dos gastos e o motivo de ter retirado o Passe Livre.

O membro do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos do Município de Natal (Seturn), Augusto Maranhão, acredita que não foram os estudantes que realizaram os atos vândalos. “O protesto perdeu o controle, acredito que houve infiltração de não estudantes dentro da manifestação que estavam querendo só bagunçar”, disse.

Ele falou que os ônibus demoraram a circular pelas ruas na quarta-feira (19), porque alguns funcionários tiveram medo dos veículos fossem queimados. Maranhão falou que alguns ônibus voltaram à garagem mais cedo por motivos de segurança.

No final da tarde, o Seturn vai realizar uma coletiva para falar dos gastos e o motivo de ter retirado o Passe Livre.

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