Secretários de Fazenda e Tributação do N-NE-CO divulgam carta sobre redução das desigualdades tributárias entre estados
Foi
divulgada nessa terça-feira (18) a carta elaborada em reunião dos Secretários de
Fazenda, Finanças, Receita e Tributação dos estados das regiões Norte, Nordeste
e Centro-Oeste, além do Distrito Federal, para discutir a redução das
desigualdades tributárias, o desenvolvimento equânime das regiões e o
crescimento harmônico do país.
O
documento reafirma o teor da “Carta de Brasília” (9 de agosto de 2011), assinada
pelos Governadores das referidas regiões, que considera prioritário o esforço
para resolver questões relacionadas a critério de repartição dos Royalties,
compensação pela desoneração das exportações (Lei Kandir), quórum do Confaz,
comércio eletrônico e dívida dos estados, manutenção dos regimes tributários
especiais e das garantias constitucionais da Zona Franca de Manaus.
Além
disso, os Secretários reafirmam a preocupação dos Governadores quanto à
necessidade de desconcentrar a economia para reduzir as desigualdades regionais,
proporcionando maior geração de emprego e renda e contribuindo para a
erradicação da pobreza.
Para
o alcance desses objetivos, os Secretários defendem a aprovação e edição das
normas e a adoção de medidas que solucionem as questões apontadas na Carta de
Brasília. Eles defendem, ainda, a implementação de uma política nacional de
desenvolvimento regional, levando em consideração duas questões fundamentais.
A
primeira delas é a aprovação de novas alíquotas interestaduais para o ICMS. O
entendimento atual é de unificar as alíquotas interestaduais em 4%. Porém, isso
vem de encontro ao que é postulado pelos estados do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste. Vinte das 27 Unidades Federativas do Brasil defendem a redução das
alíquotas interestaduais de maneira uniforme, ou seja, de sacrifício idêntico
pelos estados. Hoje, essas alíquotas são de 12% e 7%; o pleito das UFs sugere
redução geral de 5%, passando para 7% e 2%, respectivamente.
No
caso, os 7% serão aplicados às operações originadas nas regiões Norte, Nordeste
e Centro Oeste com destino às regiões Sul e Sudeste. Já os 2% serão aplicados às
operações em sentido contrário: originadas nas regiões Sul e Sudeste com destino
às regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste.
Caso
as alíquotas interestaduais sejam unificadas, como foi sugerido, a alíquota do
N-NE-CO cairia 8% e a das regiões S-SE apenas 3%.
Um
dos integrantes da Comissão de Especialistas para Análise de Questões
Federativas (CEAQF) – a Comissão de Notáveis –, Everardo Maciel, já revelou um
entendimento de unificar as alíquotas interestaduais em 4%. Essa Comissão criada
pelo Senado Federal fará juízos sugestivos sobre pontos de questões federativas
para municiar de informações ao Congresso Nacional, que vai apreciar o tema.
A
segunda questão é a convalidação dos Benefícios Fiscais, que tem como objetivo
fortalecer os que estão vigentes e definir as correspondentes regras de
transição, para garantir segurança aos investimentos. Esse pleito,
especificamente, é reivindicado há duas décadas.
Assim,
os Secretários reiteram a necessidade da manutenção do diálogo sobre esses temas
na busca de uma rápida solução que venha ao encontro dos interesses da
Federação.
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