sábado, 26 de janeiro de 2013

Militares vão ajudar a reparar escolas

Tribuna do Norte

A Secretaria Municipal de Educação (SME) terá o apoio das Forças Armadas para reparar as 141 escolas que compõem a rede de ensino em Natal. Os detalhes da parceria ainda estão sendo fechados, mas é possível que as primeiras intervenções comecem, ainda na próxima semana, em 30 escolas. A expectativa é que as demandas estruturais que garantem a segurança da comunidade escolar sejam sanadas antes do início do ano letivo, previsto para 27 de fevereiro. Marinha e Exército já confirmaram participação no mutirão. A SME aguarda posicionamento do Corpo de Bombeiros.
Magnus NascimentoE.M. Irmã Arcângela, saqueada em 2012, está em situação de penúriaE.M. Irmã Arcângela, saqueada em 2012, está em situação de penúria

As principais necessidades são nas áreas elétrica e hidráulica, além da limpeza nas caixas d'água, áreas interna e externa e pintura dos muros. "São questões de segurança na parte de saúde e infraestrutura. Nosso desejo é que tudo termine antes do inicio das aulas para podermos iniciar o ano letivo com normalidade.", classifica a secretária de Educação de Natal, Justiva Iva. A titular da pasta disse que as negociações com Exército e Marinha estão em andamento. A secretaria enviou ainda ontem uma relação com informações de 30 escolas que possuem recursos para realização da manutenção, elencando as necessidades, responsáveis e localização. "Não teríamos tempo para atender a todas as escolas se fossemos fazer sozinhos", justifica.

Algumas escolas, como as que já repassaram informações para a SME, possuem recursos federais destinados a manutenção e reparo de suas estruturas. Essas têm meios de adquirir o material necessário para a manutenção, limpeza e pintura. Para as demais, explica Justina Iva, alternativas estão sendo estudadas. "Não tenho dificuldade de, em um momento de crise, pedir ajuda. É para a escola, para o coletivo. Não para mim", declara. Além de doações, a secretária explica que, em alguns casos, a dispensa de licitação para aquisição dos materiais pode ocorrer, mas dentro do limite de R$ 8 mil. Ela é necessária diante da prazo para início das aulas.

Todas as 141 escolas da rede municipal de educação precisam passar por reformas. A Escola Municipal Irmã Arcâgela, no bairro de Igapó, é o pior retrato da manutenção das unidades. Uma das mais antigas e a maior da rede municipal, com mais de dois mil alunos nos três turnos, foi arrombada e muito do material foi levado do local. Por ser um prédio antigo, precisa de muitas intervenções. "Está uma situação de penúria", descreve Justina.

O calendário de obras será definido só na semana que vem. "Vai depender dos parceiros que entenderam que é dever deles também garantir condições minimas para as escolas. É do Estado, família e sociedade. Então num momento como esse que estamos vivendo eles estão entendendo que podem ajudar", afirma.

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