quinta-feira, 6 de junho de 2013

Dnit fará novo edital para obras nas pontes de Igapó

Tribuna do Norte

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) terá de realizar outra chamada de empresas interessadas na execução das obras de recuperação e reforço do complexo de pontes de Igapó, no rio Potengi, que liga Natal às rodovias federal BR-406 e BR-101 Norte, em virtude de não ter surgido propostas de acordo com o valor previsto no projeto executivo elaborado pela empresa Maia e Melo Engenharia Ltda, a qual foi contratada para esse fim já em 2009.

Alex RégisEm vários trechos da ponte, a estrutura apresenta sinais de deterioração resultante da erosãoEm vários trechos da ponte, a estrutura apresenta sinais de deterioração resultante da erosão

O superintendente regional do Dnit, Ézio Gonçalves, disse que “o preço do mercado não acompanhou o preço do Dnit e que há uma disputa entre o mercado e o governo”.

Por isso, Ézio Gonçalves explicou que deverá ser realizada outra licitação pública, nos mesmos moldes da anterior, na qual nenhuma empresa apresentou proposta condizente com o  valor previsto pelo Dnit – o Regime Diferenciado de Contratação (RDC).  Gonçalves adiantou que não pode dizer qual é o volume de recursos previstos para as obras de recuperação das pontes Walfredo Gurgel, a primeira que foi construída em 1969 e a segunda, presidente Costa e Silva, inaugurada no governo Geraldo Melo (1987/1990), porque o o modelo de RDC não o permite por ser sigiloso.

Mas informou que deverá viajar a Brasília, em breve, para discutir a questão da realização de um novo RDC o mais rápido possível. Por ser eletrônico, o processo pode ser realizado em qualquer parte do país: “Vamos reavaliar e relançar o edital”.

Em setembro de 2012 já tinha sido revogada outra licitação (nº 0250/2012) para as obras das duas pontes, que têm uma extensão de 586,50 metros e largura de 27,40 metros, porque as empresas, na época, haviam entrado com alegações de que “não estavam previstos os serviços que seriam executados”. Enquanto não sai a contratação da empresa responsável pela recuperação das duas pontes, Ézio Gonçalves disse que, apesar da deterioração natural de suas estruturas e algumas armaduras, por estarem localizadas numa área marítima e que pelo método construtivo da época, não se fez “o recobrimento necessário e por isso ficaram expostas à erosão”, as pontes não correm risco de colapso das sessões de ferro e concreto (pilares e tabuleiros) que sustentam aquele equipamento.

Gonçalves defende, ainda, que depois da recuperação das duas pontes, por onde circulam diariamente 100 mil veículos, o Dnit deva elaborar um projeto para a construção de mais uma ponte entre as ruas Felizardo Moura, nas Quintas e Tomaz Landim, em Igapó, a fim de suportar o  tráfego de veículos que cresce acentuadamente na Região Metropolitana de Natal.

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