quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mensalão da Vila: Ministério Público forma 'força tarefa' para analisar documentos

Marco Carvalho - repórter, com informações do Jornal de Fato, em Mossoró

O procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, formou uma "força tarefa" para oferecer denuncia/crime contra o prefeito Grinaldo Joaquim de Souza, os vereadores Pedro Francisco da Silva, Ronildo Luiz da Silva, Ailton Passos de Medeiros, Irinaldo da Silva, Vidalmir Santos Brito e Magno Douglas Pontes de Oliveira, e também o secretário de Obras João Felipe de Oliveira e o ex-secretário municipal de Administração Antônio Ivanaldo de Oliveira. Eles foram presos preventivamente por determinação do desembargador Dilermando Mota, na manhã de segunda-feira passada, na Operação Mensalão da Vila.

De acordo com informações repassadas pela assessoria de comunicação do Ministério Público Estadual, a "força tarefa" irá possibilitar que a denúncia seja oferecida antes do prazo inicial de 10 dias. As atividades foram intensificadas porque todos os serviços do Ministério Público Estadual, assim como da Justiça, estão de recesso até 6 de janeiro de 2012.

Os suspeitos presos inicialmente foram enviados para o Quartel do Comando Geral da Polícia Militar e depois transferidos para o Centro de Detenção Provisória de Macaíba, na Grande Natal. Ao todo, por determinação do desembargador Dilermano Mota, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 19 pontos distintos, sendo os principais na cidade de Vila Flor e também em Natal. Os nove mandados de prisão preventiva também foram cumpridos conforme determinado pela Justiça. Ao todo, 22 promotores de justiça e 120 PMs estiveram envolvidos na operação.

Mensalão era pago em troca de apoio político

A operação do Ministério Público Estadual, batizada de Mensalão da Vila, prendeu preventivamente nove pessoas, entre elas os principais políticos da cidade, por suspeita de esquema de corrupção envolvendo o prefeito Grinaldo Joaquim de Souza e seis dos nove vereadores da cidade. Segundo o MPE, o prefeito pagava "mensalão" aos vereadores para obter apoio político e projetos aprovados no Legislativo. O prefeito da cidade, Grinaldo Joaquim de Souza, distribuía aos vereadores valores mensais de R$ 500 em troca do apoio integral do Legislativo. Esporadicamente, Grinaldo também destinava R$ 1 mil para "quebrar o galho" daqueles que lhe apoiavam. A lista de envolvidos no esquema de corrupção pode crescer após uma análise mais aprofundada dos documentos.

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