sexta-feira, 29 de julho de 2011

CGU decide apurar denúncias contra ex-superintendente do Dnit em MT

Denúncias já levaram à demissão de 20 no Ministério dos Transportes.
Nilton de Britto pediu demissão do cargo nesta quarta-feira.
Do G1, em Brasília
A Controladoria-Geral da União (CGU) vai apurar denúncias de irregularidades contra o ex-superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Mato Grosso, Nilton de Britto. Ele pediu demissão do cargo nesta quarta-feira.
Segundo assessoria da CGU, a medida deverá ser publicada no "Diário Oficial da União'' desta sexta-feira (29).
Britto era homem de confiança de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor-geral do Dnit, que também pediu demissão. Ao todo já foram demitidas ou afastadas 20 pessoas no ministério.
Nesta quarta (27), foram oficializadas no "Diário Oficial da União" as demissões de Pagot e de Hideraldo Luiz Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit.
Reportagem da revista "Veja", publicada no início de julho, relatou que representantes do PR, partido ao qual pertencem o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.
No dia 6 de julho, Nascimento pediu demissão, pressionado por suspeitas de que seu filho tenha enriquecido ilicitamente, favorecido pela presença do pai no ministério. Na ocasião, em nota, o Ministério dos Transportes informou que Nascimento iria "colaborar espontaneamente para o esclarecimento cabal das suspeitas levantadas em torno da atuação do Ministério dos Transportes", que pediu à Procuradoria-Geral da República abertura de investigação e que autorizou a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal.
Ao assumir o posto, no dia 12 de julho, o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou que faria “ajustes” que envolveriam troca de pessoas e modificações em processos da pasta.
Principal foco das irregularidades, o Dnit teve cortes, principalmente em cargos de direção e coordenação. O diretor-executivo do órgão, José Henrique Sadok de Sá, que estava interinamente na direção-geral no lugar de Pagot, foi afastado da função.

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