sábado, 30 de julho de 2011

Senado dos EUA rejeita plano da Câmara para evitar 'calote' da dívida

Plano republicano fora aprovado pela Câmara no início da noite.
Depois de 2 de agosto, país pode ficar sem dinheiro para honrar dívidas.

O Senado dos Estados Unidos, de maioria democrata, rejeitou na noite desta sexta-feira (29) o plano aprovado horas antes na Câmara dos Representantes para reduzir o déficit orçamentário do país e elevar o limite de endividamento do governo federal.
O projeto do republicano John Boehner, derrotado por 59 votos a 41, condicionava uma futura elevação do teto da dívida à aprovação de emenda constitucional determinando que o governo federal equilibre seu orçamento antes de um novo aumento no teto da dívida, atualmente em US$ 14,29 trilhões - valor máximo estabelecido por lei.
Mais cedo nesta sexta, o presidente Barack Obama disse que qualquer solução para o impasse precisa ser conseguida pelos dois partidos.
Corrida contra o tempo
O governo dos Estados Unidos está correndo contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador. Se até o dia 2 de agosto o Congresso não ampliar o limite de dívida pública permitido ao governo, os EUA podem ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, há risco de calote - que seria o primeiro da história americana.
A elevação do teto da dívida permitiria ao país pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios.
Porta-voz da Câmara John Boehner fala nesta quinta-feira (28) no Capitólio. (Foto: Joshua Roberts/Reuters)Porta-voz da Câmara John Boehner fala nesta quinta-feira (28) no Capitólio. (Foto: Joshua Roberts/Reuters)
O projeto derrotado no Senado nesta sexta elevaria o limite da dívida em US$ 900 bilhões, o que seria suficiente para que o governo dos EUA continuasse a funcionar até fevereiro ou março de 2012, e reduziria o déficit do governo em US$ 917 bilhões ao longo de dez anos. Ele também estabelecerua um comitê de legisladores que estudaria o Orçamento federal em busca de pelo menos US$ 1,8 trilhão adicional em redução do déficit.
A rejeição no Senado já era esperada. Os democratas, que controlam a casa, querem um plano de longo prazo, que eleve o teto da dívida em US$ 2,5 trilhões e corte US$ 2,2 bilhões de gastos.

 g1.com

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