sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Em terceiro dia do júri da morte de Jackson, chef e segurança depõem

Médico Conrad Murray é acusado de homicídio culposo por morte do cantor.
Julgamento, que começou nesta terça (27), nos EUA, pode durar semanas.

Do G1, com agências internacionais
quarto de Michael Jackson (Foto: Reprodução/CNN)A acusação mostrou fotos do quarto de Michael
Jackson (Foto: Reprodução/CNN)
Neste terceiro dia do julgamento do médico envolvido na morte de Michael Jackson, o júri ouviu o depoimento da chef Kai Chase, que comandava a cozinha do “Rei do Pop”, e de Alberto Alvarez, um dos seguranças particulares do cantor. Nesta quinta-feira (29), a sessão começou com a acusação mostrando fotos do quarto em que o cantor faleceu. As imagens foram usadas durante o depoimento do segurança Alvarez,  que estava na casa de Jackson no dia de sua morte, em 2009.
O médico Conrad Murray é acusado de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) pela morte de Michael Jackson. Ele se declara inocente, mas, se for considerado culpado pelo júri, pode pegar até quatro anos de prisão. O julgamento, que começou nesta terça-feira (27), pode durar semanas.
Durante depoimento, Alvarez contou que, quando chegou ao quarto, Jackson estava deitado na cama, de olhos e bocas abertos, e Murray fazia massagem cardíaca no astro. Ele também lembrou o momento em que Paris e Prince, filhos de Michael Jackson, entraram no quarto. "Ela gritou 'papai' chorando", disse o segurança, que tentou afastar as crianças do local.
A chef Kai Chase, que era responsável pela cozinha de Michael Jackson, prestou depôs nesta quinta-feira (Foto: AP)A chef Kai Chase, que era responsável pela cozinha
de Michael Jackson, depôs nesta quinta-feira
(Foto: AP)
A audiência começou às 12h45 (8h45 no horário local) desta quinta-feira, em Los Angeles, e terminou por volta das 20h. O depoimento da chef Kai Chase foi o último do dia e girou em torno das atribuições dela e sobre o dia da morte de Michael Jackson.
Segundo dia de julgamentoNo segundo dia de julgamento, nesta quarta-feira (28),  o assistente pessoal de Jackson, Michael Williams, lembrou os últimos momentos de vida do "Rei do Pop". Durante a sessão, Williams contou que Conrad Murray ligou para ele, e não para o serviço de ambulâncias, quando percebeu que Jackson havia parado de respirar.
E horas depois, quando Jackson foi declarado morto no hospital, Murray quis voltar à casa de Jackson para localizar um certo creme que o cantor "não gostaria que o mundo soubesse a respeito", segundo o relato feito por Michael Williams, assistente pessoal do astro.
O segurança particular Alberto Alvarez foi uma das testemunhas que prestaram depoimento (Foto: AP)O segurança particular Alberto Alvarez foi uma das
testemunhas que prestaram depoimento (Foto: AP)
Os promotores dizem que Murray causou a morte de Jackson ao lhe administrar uma dose muito forte do anestésico propofol, e também por não procurar assistência médica imediata ao notar que Jackson estava inconsciente, às 11h56 de 25 de junho de 2009 (15h56 em Brasília).
Murray admite que deu propofol a Jackson como sonífero, mas seus advogados alegam que o próprio músico reforçou a dose do anestésico e de outros sedativos, num momento em que o médico havia saído do quarto, e que foi isso que levou à morte dele.
No dia da morte do cantor, a ambulância só foi chamada às 12h20 por um segurança da mansão de Los Angeles. Promotores dizem que Murray esboçou a primeira reação às 12h12, quando telefonou para Williams e deixou o seguinte recado: "Me ligue imediatamente."
'Reação ruim'
Williams, que estava na sua casa, disse no depoimento que retornou a ligação para Murray às 12h15, quando foi informado que Jackson havia sofrido uma "reação ruim".
"Quando escuto 'reação ruim', pessoalmente não pensei em nada fatal, e não fui orientado a ligar para o 911 (telefone de emergências nos EUA)", disse Williams. Segundo ele, Murray pediu que ele fosse imediatamente à mansão, e que também enviasse um segurança.
Ele acrescentou que, chegando ao local, já encontrou uma ambulância. "Foi realmente frenético. Cheguei lá quando a maca (com Jackson) estava descendo (do quarto)", contou.
Williams disse também que, nos meses que antecederam à morte, era normal que botijões de oxigênio ficassem na mansão e fossem levados por Murray ao quarto do artista.
Pedido estranho
O assistente contou que, no hospital onde Jackson foi declarado morto, Murray fez um pedido que pareceu estranho.
"Ele disse: 'Há no quarto de Michael um creme que ele não gostaria que o mundo soubesse a respeito', e solicitou que eu ou alguém lhe desse uma carona de volta até a casa para que ele pudesse pegar o creme."
Os promotores sugeriram que Murray talvez quisesse eliminar provas relacionadas às drogas dadas a Jackson.
Murray havia sido contratado por Jackson para cuidar da sua saúde durante os preparativos para uma série de shows que ele faria em Londres.
Também nesta quarta-feira (28), uma advogada de Jackson que redigiu o contrato do médico disse ter ouvido repetidamente de Murray, nos dias que antecederam à morte do cantor, que Jackson estava "perfeitamente saudável, em excelentes condições".

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