segunda-feira, 29 de abril de 2013

Reeleger porquê, por Marcos Coimbra

 


Adotado no Brasil em 1997 em condições inesquecíveis (com o jogo em pleno andamento, faltando apenas um ano para a eleição seguinte, Fernando Henrique Cardoso persuadiu o Congresso a alterar a Constituição para que pudesse se manter no cargo), o instituto da reeleição no Executivo foi rapidamente aceito. As pesquisas mostram que 80% da população o aprovam.

Desde então, fizemos oito pleitos. Se contarmos as escolhas de prefeitos, governadores e presidentes da República, são alguns milhares de processos eleitorais. Quantidade mais que suficiente para que possamos identificar os fatores que explicam os sucessos (e os fracassos) dos candidatos que a buscam.

O que leva alguém a se reeleger? Em que circunstâncias o mandatário tem maiores chances de obter novo mandato?

A questão é central para avaliar as perspectivas da próxima eleição presidencial, pois Dilma é candidata. Não precisava, mas Lula deixou isso claro e assim “precipitou” a eleição para “surpresa” (fingida) de alguns.

Olhando o que aconteceu nas eleições entre 1998 e 2012, a primeira constatação é que é elevada e crescente a proporção de êxitos dessas candidaturas.







Para não ficar somente nas eleições presidenciais, em que é de 100% (dois disputaram e ambos se elegeram), vejamos as outras.

Para governador, fomos de 66% de reeleições, em 1998, para 81%, em 2010, quando 11 tentaram e 9 venceram. O que era alto (dois terços de vitórias) tornou-se quase universal (quatro resultados favoráveis em cada cinco tentativas).

 O mesmo aconteceu nas eleições de prefeito de capital. Em 2000, cerca de 70% dos que buscaram novo mandato o conquistaram. Em 2004, a proporção subiu para 73% e chegou a 95% em 2008 (20 procuraram e 19 foram bem-sucedidos).

Em 2012, a taxa caiu (entre outros motivos pelo fato de que vários dos que disputaram tinham assumido as prefeituras havia apenas dois anos, em função da renúncia do titular), indo para 50%.



Leia a íntegra em Reeleger porquê

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